Em exposição durante o Fórum Nacional de Defesa na biblioteca Presidente Ronald Regan, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, acusou, neste sábado (07/11), a Rússia de estar comprometendo a ordem mundial com as incursões que o país euroasiático realizou na Ucrânia. Ele ressaltou também que Moscou está realizando “atividades desafiadoras” no mar, no ar, no espaço e no ciberespaço e que os EUA estão se preparando para responder às provocações.
A China também foi criticada por Carter por estar expandindo sua influência e poderio militar, mas o foco da fala do secretário foi o país comandado por Vladimir Putin.
Agência Efe
Para Carter, Guerra Fria não condiz com século 21
Assim, Carter ressaltou que os Estados Unidos estão tomando medidas para conter as agressões russas e provocações na Europa e no Oriente Médio, em alusão direta ao ocorrido na guerra civil na Ucrânia e no envio de tropas para a Síria.
“Nós não queremos retomar uma guerra fria, muito menos quente com a Rússia”, disse Carter, que acrescentou: “não consideramos a Rússia um inimigo. Mas não se enganem, os Estados Unidos irão defender seus interesses e de nossos aliados, o princípio da ordem mundial e um futuro positivo para todos nós”.
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Ele ressaltou ainda que o país está tomando uma série de medidas para reduzir a vulnerabilidade dos aliados e parceiros com relação à ex-potência soviética, mas “nem todos os passos desse processo podem ser descritos publicamente”.
Para isso, os Estados Unidos estão modernizando seu arsenal nuclear e investindo em tecnologias que “são mais importantes [para responder] às provocações da Rússia, incluindo sistemas não tripulados e um novo bombardeio de longo alcance”. Carter não detalhou, no entanto, as tecnologias que serão empregadas, mas as descreveu como “surpreendente”.
Apesar de acusar a Rússia de intervenções – na Ucrânia e na Síria -, Carter ressaltou que os Estados Unidos seguirão posicionando tropas e tanques de combate na Europa, que o governo ucraniano continuará recebendo equipamentos, treinamento e auxílio e que a Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) será reforçada.