Atualizada às 15h30
O avião russo que caiu na península do Sinai, no Egito, foi derrubado por uma bomba levada por um dos passageiros em um atentado terrorista, confirmou a Rússia nesta terça-feira (17/11). A queda ocorreu em 31 de outubro, resultando na morte de 224 pessoas que estavam a bordo.
EFE
Avião em destroços: caso gerou fuga em massa de turistas
“De acordo com uma análise feita pelos nossos especialistas, uma bomba caseira contendo até 1 quilo de TNT explodiu durante o voo, levando o partir-se em pleno ar”, disse o chefe do serviço de segurança da Rússia, Alexander Bortnikov, citado pela Reuters.
“Isso explica o fato de a fuselagem estar espalhada por uma distância tão grande”, continuou. “Podemos dizer de forma inequívoca que foi um ato terrorista”, concluiu Bortnikov.
Como forma de precaução, o Ministério do Interior da Rússia anunciou nesta terça que reforçará a segurança nos lugares públicos e movimentados, e que intensificará sua colaboração com os serviços de segurança para evitar o risco de atentados terroristas.
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Embora o EI (Estado Islâmico) já tivesse reivindicado a autoria da ação, o Kremlin ainda não havia dado um parecer oficial sobre a legitimidade do ato. No início deste mês, em meio à indefinição sobre a causa da queda do Airbus no Sinai, as autoridades russas já haviam decidido suspender voos para o Egito.
Em resposta, o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu hoje intensificar os ataques aéreos e caçar os responsáveis. Ele classificou o incidente como um dos mais sangrentos na história moderna da Rússia.
O anúncio do Kremlin vem após uma onda de atentados que ocorreu na sexta-feira (13/11) em Paris e que matou ao menos 129 pessoas e deixou outras 352 feridas, segundo o último balanço oficial.
EFE
Após a queda da aeronave, Putin havia tentado minimizar a possibilidade de atentado; agora, promete resposta a grupo jihadista
Egito nega
Após as declarações das autoridades russas, o primeiro-ministro do Egito, Sherif Ismail, disse na tarde desta terça-feira, em entrevista a jornalistas na cidade de Sharm el-Sheikh, que ainda não pode confirmar as causas da queda da aeronave.
Apesar de negar, Ismail afirmou que o Egito vai colaborar com as autoridades russas para “acabar com o terrorismo” e que seu governo está em constante contato com Moscou.
Segundo o ministro de Aviação Civil do Egito, Hussam Kamal, o país ainda não identificou os motivos do incidente e que as causas serão anunciadas “imediatamente” após serem confirmadas.