Após a derrubada de duas aeronaves russas pela Turquia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira (25/11) que enviará um navio antimíssel para a costa da Síria, no mar Mediterrâneo, onde também se encontra a costa turca. Moscou já avisou que qualquer alvo que represente uma ameaça para seus caças será destruído.
O Kremlin também suspeita que a ação turca foi uma “provocação premeditada” e, por isso, irá romper todo o contato militar com a Turquia. Putin pediu para que cidadãos russos não visitem o país.
Agência Efe
Local onde caiu a aeronave russa após ser atingida por equipamento turco
“Após um evento tão trágico quanto a destruição de nossa aeronave e a morte de nosso piloto, essa é uma medida necessária”, disse. Os pilotos dos aviões conseguiram se ejetar e escapar da explosão, entretanto, um foi baleado e não resistiu. O outro, capturado por sírios turcomanos, foi resgatado com sucesso.
A Rússia, segundo o ministro de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, não pretende travar guerra contra a Turquia, e haverá uma reunião entre chalceleres dos dois países nos próximos dias. Lavrov já tinha uma viagem programada para Ancara para esta quarta, mas a cancelou após o incidente.
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Em primeira declaração sobre a operação, o presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, disse que seu país não tem a intenção de aumentar a tensão com a Rússia, mas protegerá suas fronteiras.
“Ninguém pode esperar que fiquemos mudos e imóveis quando estão violando continuamente a segurança de nossa fronteiras, mas não temos, claro, intenção de aumentar a tensão”, disse ele.
Krish Photography/FlickrCC
Erdogan deu suas primeiras declarações sobre o incidente nesta quarta-feira
Erdogan ainda defendeu que os caças estavam violando seu espaço aéreo, colocação contestada por Moscou desde o início. Disse também que o governo desconhecia a nacionalidade das aeronaves quando deu as ordens para que elas fossem derrubadas.
Putin já alertou que reagirá “de uma forma ou outra” no caso de novos incidentes.