A Unasul condenou nesta quinta-feira (26/11) a morte do político opositor Luis Manuel Díaz, secretário-geral do partido Ação Democrática, durante um comício na quarta-feira (25/11).
Díaz foi atingido por um disparo proveniente de um carro não identificado em um ato de campanha que ocorria na cidade de Altagracia de Orituco, a cerca de 150 quilômetros de Caracas.
EFE
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Após o incidente, o órgão, cuja missão de observação foi instalada no país para as eleições de 6 de dezembro, expressou sua “mais enérgica condenação a todo tipo de violência”.
Em comunicado no Twitter, a Unasul também demonstrou temor com a possibilidade de que a morte do político afete o “desenvolvimento normal do processo eleitoral” venezuelano e pediu uma “investigação exaustiva com a finalidade de evitar a impunidade”.
Luis Manuel Díaz foi assassinado por volta das 19h30 locais (22h de Brasília) “por disparo de arma de fogo”, informou o secretário-geral do partido opositor, Henry Ramos Allup, sua conta no Twitter.
COMUNICADO DE LA #MISIÓNELECTORALUNASUR PARA LAS ELECCIONES DE LA ASAMBLEA NACIONAL EN #VENEZUELA pic.twitter.com/B1cFHsDNy0
— UNASUR (@unasur) 26 novembro 2015
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Para Ramos Allup, os responsáveis pelo crime seriam “grupos armados” vinculados ao PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), legenda governista do país.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ainda não deu declarações a respeito da acusação. Contudo, o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, classificou os ataques da oposição de “montagens”.
“A nova moda é: grupos armados do chavismo atacaram não sei quem. Esta já conhecemos”, afirmou Cabello em seu programa semanal de televisão na quarta-feira.
Segundo a Agência Efe, o comício também tinha a participação de Lilian Tintori, esposa do político opositor Leopoldo López, condenado a cerca de 14 anos de prisão.