Um homem invadiu nesta sexta-feira (27/11) uma clínica de planejamento familiar da ONG Planned Parenthood em Colorado Springs, no estado de Colorado, no centro-oeste dos Estados Unidos. O invasor fez reféns e trocou tiros com a polícia. Pelo menos três pessoas morreram e nove ficaram feridas no tiroteio, que durou cerca de cinco horas.
Os mortos são dois civis não identificados e um dos primeiros agentes que chegaram ao local, o policial Garrett Swasey, de 44 anos. Outros quatro civis e cinco policiais estão sendo atendidos em hospitais locais com ferimentos de bala, mas não correm risco de morte, informou a porta-voz da polícia local, Catherine Buckley.
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O agressor permaneceu durante quase cinco horas na clínica e abriu fogo contra os agentes. Ele acabou se entregando à polícia. Ao entrar na clínica, ele foi visto carregando “algumas mochilas”, e a polícia está vistoriando a área e o carro do invasor em busca de explosivos.
Three die in shooting at Colorado clinic #PlannedParenthood and man arrested https://t.co/DfH5fMIgJc pic.twitter.com/RkepX1RvEx
— BBC News (World) (@BBCWorld) 28 novembro 2015
Ainda não estão claras as motivações do atirador e se a clínica era de fato o alvo do ataque. A ONG Planned Parenthood defende os direitos reprodutivos e é frequentemente alvo de protestos de militantes antiaborto. Nos EUA, o direito ao aborto é garantido em âmbito federal e as clínicas da Planned Parenthood realizam o procedimento, além de outros serviços de planejamento familiar e saúde reprodutiva.
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A ONG afirmou em comunicado que continuará a proporcionar serviços reprodutivos apesar “dos extremismos que estão criando um ambiente venenoso”.
De acordo com a emissora norte-americana CNN, este centro já havia recebido ameaças de indivíduos contrários ao aborto.
Desde 1997, houve pelo menos 73 ataques em clínicas de aborto nos Estados Unidos, segundo dados da Federação Nacional do Aborto. Desses ataques, 40 foram incêndios provocados, quatro deles ocorridos em 2012.
Além disso, cerca de 20 funcionários de clínicas de aborto foram vítimas de ataques nesse período, segundo a entidade.
*Com Agência Efe