Quatro militantes do Talibã foram executados pelas autoridades paquistanesas nesta quarta-feira (02/12) por serem responsáveis pelo atentado a uma escola em Peshawar que deixou 150 mortos em dezembro de 2014.
EFE
Policiais paquistaneses realizam operações contra talibãs no noroeste do país
Enforcados nesta manhã, os homens foram identificados como Molvi Abdus Salam, Hazrat Ali, Mujeeb ur Rehman y Sabeel. A ação ocorreu três dias após a autorização do chefe do Exército paquistanês, Raheel Sharif, em uma prisão na cidade de Kohat, no noroeste da nação.
Os quatro executados foram condenados à morte por uma corte militar no dia 13 de agosto de 2015. Eles faziam parte do grupo Tawhid al Jihad, aliado do Tehrik-e-Taleban Pakistan, braço do grupo extremista que assumiu a autoria do ataque.
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A decisão vem em meio a um endurecimento das autoridades, que suspenderam a moratória sobre a pena de morte para crimes terroristas após o caso.
Além disso, depois do ataque à escola, comparável ao “11 de setembro” dos EUA para os paquistaneses, foram criados tribunais militares especiais para terrorismo. Segundo a Anistia Internacional, cerca de 300 pessoas foram enforcadas desde então nas prisões do país.
Os atentados da escola pública militar de Peshawar ocorreram no dia 16 de dezembro, matando ao menos 125 crianças e 25 adultos. Segundo os talibãs, o massacre — que chocou o país e a comunidade internacional — foi uma reação de vingança contra operações militares do Exército paquistanês contra o grupo no noroeste do país.
EFE
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