Uma ação do Exército de Israel na madrugada desta quarta-feira (16/12) resultou na morte de dois palestinos e outros quatro feridos. A ofensiva ocorreu em Qalandiya, campo de refugiados na região central da Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel.
EFE
Porta-voz do Exército israelense confirmou as mortes na madrugada desta quarta-feira
As vítimas, mortas a tiros, foram identificadas como Ahmed Jahajha, de 21 anos, e Hikmet Hamdan, de 29. Os quatro palestinos que ficaram feridos no ataque não tiveram suas identidades divulgadas.
Um porta-voz do Exército israelense confirmou as mortes e disse que a ação no campo de refugiados tinha como objetivo “realizar uma prisão e confiscar armamentos”. Segundo ele, Hikmet foi baleado por ter investido com o carro que dirigia contra soldados israelenses. As circunstâncias da morte de Ahmed não foram esclarecidas.
Três soldados israelenses ficaram feridos levemente, de acordo com o Exército. “Relatórios iniciais sugerem que eles foram feridos por tiros [disparados por outros soldados israelenses] que se dirigiam ao atacante”, disse o porta-voz.
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Mona Sabella, coordenadora da organização pró-direitos humanos Al-Haq, disse à Al Jazeera que as ações militares de Israel em campos de refugiados da Cisjordânia “oferecem riscos à população civil palestina”. “As forças de ocupação de Israel têm a responsabilidade de proteger os palestinos, de acordo com as leis internacionais. Isso é especialmente importante em campos de refugiados que estão lotados e onde as casas são muito próximas umas às outras”, disse Sabella.
Hebron
Também nesta quarta-feira, retroescavadeiras destruíram uma casa em Hebron, cidade na Cisjordânia, de acordo com a imprensa local. A ação também resultou na prisão de três pessoas. A casa pertencia a Abdelmohsen Hassouneh, o jovem de 21 anos que foi morto na última segunda-feira (14/12) por forças israelenses logo após deixar 14 pessoas feridas em um atropelamento em um ponto de ônibus na entrada de Jerusalém. Segundo as autoridades de Israel, o atropelamento foi um ato de terrorismo.
Desde outubro, a região vive uma nova onda de violência. Ao menos 120 palestinos foram mortos pelas forças de segurança de Israel e 22 israelenses morreram em ataques de palestinos. Casos de esfaqueamento ou tentativas de esfaqueamento por parte de palestinos ocorreram com frequência.