O Google registrou o grafite do artista inglês Banksy em Londres antes que ele fosse tapado por placas de madeira na última segunda-feira (25/01), mesmo dia em que apareceu na capital inglesa, como noticiou a imprensa internacional nesta quarta-feira (27/01). A obra, feita em frente à embaixada da França, é uma crítica à política europeia para os refugiados.
Com o uso da tecnologia Street View, a obra foi preservada e estará acessível nas próximas semanas. A ação é parte de uma medida do Instituto Cultural do Google, que busca preservar e disponibilizar digitalmente obras de arte.
Reprodução/Banksy.co.uk
O mural criticava a ação da polícia contra os refugiados da cidade francesa de Calais
A obra retrata o uso de gás lacrimogêneo contra a personagem Cosette, do clássico francês “Os Miseráveis”, junto à bandeira da França, em referência à ação da polícia contra os refugiados que se encontram no acampamento conhecido como “Jungle” (“selva”, em inglês), próximo ao Eurotúnel, na cidade francesa de Calais.
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Os refugiados da Jungle aguardam uma oportunidade para atravessar o túnel e chegar ao Reino Unido.
Antes de o grafite ser coberto, os espectadores podiam utilizar o celular para identificar o código QR junto ao mural. Eles então eram redirecionados para um vídeo que mostrava a violência policial contra os refugiados em Calais.
No mês passado, Banksy divulgou em seu site grafites que fez em Calais, nas proximidades da Jungle. Em uma delas, o artista retratou Steve Jobs, fundador da gigante de tecnologia Apple, como um refugiado sírio. Jobs era filho de um sírio que migrou para os Estados Unidos.
Reprodução/Banksy.co.uk
Imagem de Steve Jobs foi gravada em muro no principal acampamento de refugiados em Calais, extremo norte da França