Líderes e chefes de Estado da América Latina chegaram neste sábado (05/03) a Caracas, capital da Venezuela, para participar de uma série de homenagens na data que marca três anos da morte do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez.
EFE
Presidida por Nicolás Maduro, cerimônia prestou homenagem ao líder da Revolução Bolivariana
Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, da Nicarágua, Daniel Ortega, e de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, estiveram entre os presentes no evento chamado “Chávez: líder do século 21, unidade latino-americana e caribenha”. Miguel Díaz-Canel Bermúdez, primeiro vice-presidente cubano, também compareceu ao fórum na capital venezuelana, assim como os primeiros-ministros dos países caribenhos Antígua e Barbuda, Dominica e São Vicente e Granadinas.
“Como político, [Chávez foi] um anti-imperialista que nos ensinou a perder o medo do império, a levantar a voz contra o império sem nenhum medo”, afirmou Morales, acrescentando que “os sentimentos de Chávez e sua luta seguem com vida nas novas gerações”. “As oligarquias latino-americanas devem respeitar nossas revoluções democráticas e pacíficas com justiça social, se não respeitam, há outras formas de luta, e aí veremos quem perde”, disse o presidente boliviano.
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Díaz-Canel afirmou que “enquanto houver um chavista vivo e lutando, a Revolução estará de pé” e que Chávez recuperou o sonho da unidade regional. Ortega declarou que os venezuelanos são um “povo valente e heroico”.
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Para Evo Morales, ideais de Chávez seguem vivos na juventude latino-americana
Realizado no teatro Teresa Carreño, no centro de Caracas, o evento também contou com a presença de representantes de movimentos sociais de diversos países. A cerimônia é comandada por Maduro.
Sem ter viajado à Venezuela, o presidente equatoriano, Rafael Correa, fez um pronunciamento televisivo nesta manhã no qual elogiou Chávez. “Vocês não imaginam a propaganda que fazem [contra Chávez], cheia de calúnias, quando na realidade Chávez era um ser humano extraordinário, apesar de ter sido militar”, afirmou Correa.
O presidente do Equador disse ainda que o líder venezuelano “às vezes era muito ingênuo porque confiava muito nas pessoas” e que Chávez reduziu a desigualdade social no país, “que durante 70 anos foi o principal exportador de petróleo do mundo e, mesmo assim, não diminuía a pobreza”.