O site norte-americano The Intercept publicou uma matéria nesta sexta-feira (18/03) na qual afirma que “as corporações de mídia” do Brasil agem como “organizadoras de protestos” contra a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
EFE
Matéria de The Intercept foi intitulada “O Brasil foi engolido pela corrupção da classe dominante — e uma perigosa subversão da democracia”
Na matéria, a grande imprensa é classificada ainda como “máquinas de relações públicas de partidos de oposição”. O Intercept pontua que perfis pessoais de jornalistas da Rede Globo no Twitter exibem uma “incessante agitação anti-PT”.
“Quando a gravação de uma conversa telefônica entre Dilma e Lula vazou na semana passada, o Jornal Nacional, programa de notícias altamente influente da Globo, mostrou seus âncoras reencenando o diálogo de modo tão melodramático e provocante que literalmente se assemelhou mais a uma novela do que a uma reportagem”, diz a página. O site argumentou que as principais revistas brasileiras exibiram “capas atrás de capas com ataques inflamatórios” a Dilma e Lula.
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The Intercept critica também a cobertura internacional, que, segundo o site, “ignora completamente o contexto histórico da política brasileira” e não aborda quais são os setores sociais protestando contra Dilma e Lula. Os manifestantes anti-PT “são compostos (não exclusivamente, mas esmagadoramente) dos cidadãos mais ricos e brancos do país, que há tempos nutrem animosidade contra o PT e tudo que lembra programas de diminuição da pobreza”, diz a matéria.
Um dos editores e cofundadores de The Intercept é o jornalista Glenn Greenwald, que assina a matéria desta sexta e foi vencedor em 2014 do prêmio Pulitzer por Serviço Público após a publicação de relatórios sobre vigilância dos governos dos EUA e do Reino Unido. Greenwald teve como base documentos vazados por Edward Snowden, ex-agente da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA). Os outros autores da matéria são os jornalistas Andrew Fishman e o brasileiro David Miranda.