Atualizada às 16h49
Os grandes jornais internacionais repercutem a votação do pedido de admissibilidade do impeachment da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, prevista para acontecer neste domingo (17/04). O tema é assunto de alguns dos principais periódicos do mundo, como o alemão Süddeutsche, os norte-americanos USA Today e Washington Post e o espanhol El País, entre outros.
Süddeutsche Zeitung (Alemanha)
Um dos jornais mais importantes da Alemanha chama este domingo de “última batalha da guerrilheira”, em referência à resistência de Dilma durante a ditadura militar. “Os inimigos de Dilma não querem esperar as eleições de 2018”, afirma o jornal. “Não existe um processo jurídico contra ela em marcha, mas sim um político. O futuro da presidente não recai nas mãos de juízes, mas sim na de parlamentares”.
USA Today (EUA)
O jornal norte-americano diz que o clima no Brasil é “tenso”. “A votação no domingo para decidir o impeachment de Dilma Rousseff vai acontecer enquanto os dois lados do Congresso estão quase em um impasse”, diz o periódico. “E não se espera ser diferente nas ruas do maior país da América do Sul, enquanto centenas de milhares de manifestantes e milhares de policiais são esperados para encher as ruas das maiores cidades do Brasil.”
Washington Post (EUA)
“Sobreviva Rousseff ou não [ao processo], a pressão pelo impeachment contra ela produziu uma crise política que equivale a uma reversão de sorte impressionante para um país onde tudo parecia estar dando certo alguns anos atrás”, afirma o jornal da capital dos EUA, que explica como se dará a votação neste domingo.
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El País (Espanha)
O periódico espanhol afirma que Dilma enfrenta neste domingo seu “Dia D”, “com poucas possibilidades de vitória”. “Hoje se poderá saber, com bastante segurança, se Rousseff abandonará o palácio [presidencial] antes do tempo e pela porta pequena, expulsa por um congresso hostil”, diz o jornal.
El País (Uruguai)
O jornal uruguaio reproduz matéria da Agência Efe dizendo que “uma muralha” divide “dois países”, usando como símbolo o muro erguido pelas autoridades do Distrito Federal para separar os manifestantes pró e contra o impeachment. “A fratura do país, contínua, também é geográfica: o sul, mais rico, apoia majoritariamente a destituição da presidenta, enquanto o norte e o nordeste, onde se concentram as regiões mais empobrecidas e castigadas, mas também as mais favorecidas pelos programas governamentais, defendem a Rousseff e a seu mentor político, [o ex-presidente] Lula.”
Clarín (Argentina)
“O futuro de Dilma começa a ser decidido hoje no Congresso”, noticia um dos principais jornais argentinos. No texto, o Clarín explica como se dá o processo neste domingo e relembra que, durante a sessão do Congresso para discutir o impeachment – a mais longa desde o fim da ditadura militar – “os legisladores mostraram o pulso que vive o país em sua divisão, já que subiam ao púlpito com cartazes como ‘Fora Dilma’, ‘Impeachment sem crime é golpe’ ou até uma bandeira gigante da Frente Democrática com a inscrição ‘Fora Cunha’”.
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