O Clacso (Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais) manifestou repúdio nesta quinta-feira (12/05) ao afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República do Brasil, em um processo classificado como “golpe de Estado”.
Agência Efe
Processo de impeachment é classificado pelo Clacso como “manobra fraudulenta” da oposição e por setores que apoiavam Dilma
“Expresso meu mais enérgico e veemente repúdio ao golpe de Estado produzido no Brasil”, disse a entidade em nota assinada pelo secretário-executivo, Pablo Gentili.
Segundo o comunicado, Dilma foi afastada do cargo sem que tenha cometido qualquer delito, em uma “manobra fraudulenta” executada pela oposição e por setores que eram aliados do governo.
“Derruba-se um governo eleito pelo povo. Instala-se um governo eleito por corruptos, hipócritas, usurpadores e egoístas”, afirmou.
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De acordo com a nota, a Clacso possui “as armas do conhecimento e da crítica”, que serão utilizadas “para seguir lutando pela democracia, pelos direitos humanos, pela justiça social e pela igualdade no Brasil e onde for necessário”.
“Expressamos nosso repúdio e denunciamos a ilegitimidade do novo governo, liderado por Michel Temer. O combateremos, implacavelmente”, diz o comunicado, que convoca outras instituições acadêmicas para se somarem ao movimento.
Dilma Rousseff foi afastada por até 180 dias da Presidência nesta quinta-feira (12/05), após o Senado ter admitido, em sessão, o processo de impeachment contra a mandatária. Em lugar, assume Michel Temer (PMDB). Nesse período, o Senado julga se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade. Caso os senadores julguem que sim, ela perde o mandato e fica inelegível por oito anos, e Temer assume definitivamente a Presidência.