O Senado estadual de Oklahoma, nos Estados Unidos, aprovou uma resolução na quinta-feira (19/05) pedindo que seus Senadores e Deputados federais protocolem um pedido de impeachment no Congresso Nacional contra o presidente dos EUA, Barack Obama. O motivo é uma recomendação federal divulgada pelo governo dos EUA na última sexta-feira (13/05) para que as escolas públicas permitam que alunos transgênero utilizem o banheiro que esteja de acordo com sua identidade de gênero.
A resolução do Senado de Oklahoma pede também o impeachment da procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, do secretário da Educação, John King Jr., e “qualquer outro oficial federal passível de impeachment por ter excedido sua autoridade constitucional”.
Matt Soar/FlickrCC
Oklahoma quer impedir alunos trans de usarem banheiros marcados com o gênero com o qual se identificam
“Esta recomendação é errada de acordo com a Bíblia, além de ser uma violação da soberania de nosso Estado e uma séria questão de saúde pública”, disse o republicano John Bennett, membro do Senado de Oklahoma, através de comunicado. Segundo ele, muitos cidadãos do Estado estão “irritados por esta tentativa do presidente de usar nossas crianças como peões em sua agenda liberal”.
Além disso, o Senado de Oklahoma, de maioria republicana, está analisando um projeto de lei que exigiria que escolas públicas providenciassem banheiros e vestiários que os alunos possam usar de acordo com suas crenças religiosas, para evitar que usem as mesmas acomodações de estudantes trans.
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O diretor executivo do grupo LGBTQ Freedom Oklahoma, Troy Stevenson, condenou a proposta do Senado estadual. “Em um momento em que nosso Estado está enfrentando uma crise econômica sem precedentes, nossos representantes deveriam estar focados em corrigir seus erros em vez de estigmatizar a juventude transgênero”, disse ele em comunicado.
O posicionamento do Oklahoma segue uma lei estadual anti-LGBT aprovada em março pela Carolina do Norte que também estipula que pessoas trans sejam obrigadas a usar banheiros públicos que correspondam aos genitais com os quais nasceram e não à sua identidade de gênero. A legislação foi alvo de diversas críticas. Artistas como o cantor Bruce Springsteen, o ex-Beatle Ringo Starr e a banda Pearl Jam cancelaram seus shows no estado em protesto.