O governo de Israel aprovou, neste domingo (19/06), US$ 18 milhões adicionais para reforçar a segurança nos assentamentos judaicos na Cisjordânia.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, justificou o gasto (equivalente a 74 milhões de shekels, a moeda israelense) como uma “resposta” a preocupações relativas à segurança nesses locais.
De acordo com o jornal israelense Haaretz, a quantia se soma ao valor de US$ 88 milhões já aprovados para gastos relacionados aos assentamentos.
Agência Efe
Região do assentamento de Gvaot, próxima a Belém na Cisjordânia: assentamentos são ilegais, de acordo com leis internacionais
No início da reunião neste domingo, Netanyahu afirmou que a aprovação extra de recursos era um “plano de assistência” para os colonos judeus na Cisjordânia. Segundo ele, o valor poderia “reforçar a segurança, ajudar pequenos negócios e encorajar o turismo”.
Israel alega que, desde outubro, assentamentos na Judeia e na Samaria estão vivendo “uma situação de segurança diária única” por causa de um aumento de ataques realizados por palestinos, especialmente nos territórios ocupados da Cisjosrdânia.
O secretário-geral da OLP (Organização para Libertação da Palestina), Saeb Erekat, disse que a iniciativa é “um tapa na cara da comunidade internacional”.
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Em um comunicado divulgado no domingo, Erekat declarou que “Israel está fazendo tudo o que é possível para sabotar todo esforço de alcançar uma paz justa e duradoura”.
“É hora de a comunidade internacional assumir suas responsabilidades sobre esse governo extremista, que abertamente apoia o apartheid e vai de encontro à solução de dois Estados”, complementou Erekat.
Antes da aprovação, o parlamentar Itzik Shmuli, da União Sionista, classificou como “absurda” a proposta de alocar mais dinheiro para os assentamentos enquanto algumas regiões no sul de Israel reivindicam mais investimentos para suas comunidades.
Os assentamentos israelenses na Cisjordânia são considerados ilegais de acordo com leis internacionais, e diversos países e entidades já criticaram publicamente a construção de casas em territórios ocupados, incluindo Estados Unidos e União Europeia.