Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil, lançaram nesta terça-feira (21/06) uma nova pesquisa para examinar 10 mil mulheres grávidas na América Latina.
O programa, chamado “Zika em Crianças e na Gravidez” (ZIP), visa analisar a dimensão dos riscos que o vírus representa para a saúde das mulheres grávidas e para o feto, segundo informaram os NIH, com sede em Bethesda, nos Estado de Maryland, nos EUA.
O levantamento teve início em Porto Rico, passará pela Colômbia e no Brasil deverá começar em entre julho e agosto. Das 10 mil gestantes que o estudo acompanhará, 4 mil serão brasileiras moradoras do Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Ribeirão Preto.
Agência Efe
Gestantes em hospital em Cúcuta, Colômbia: país é o 2o mais afetado após Brasil
O objetivo é, em primeiro lugar, detectar se as mulheres estão infectadas pelo vírus da zika e, se for o caso, saber quais são as consequências da doença para a mãe e o filho.
O acompanhamento das mulheres grávidas, sempre maiores de 15 anos, começará desde o primeiro trimestre de gravidez. As participantes serão monitoradas durante toda a gravidez e até seis semanas após o parto.
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Os testes incluirão exames físicos contínuos e análises mensais de sangue, urina, saliva e amostras de fluidos vaginais. Caso seja considerada adequada a prova da amniocentese, pela qual se extrai uma pequena amostra do líquido amniótico que rodeia o feto, os pesquisadores também a analisarão.
As participantes também receberão instrução para detectar os sinais do vírus da zika e será pedido que notifiquem imediatamente qualquer sintoma.
O acompanhamento dos bebês continuará até que tenham um ano de idade, inclusive se nascerem aparentemente sãos.
“O alcance completo do efeito do vírus da zika na gravidez ainda não foi determinado completamente”, disse Anthony S. Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças infecciosas (NIAID), que faz parte dos NIH, em comunicado.
A pesquisa “promete proporcionar novos dados importantes que ajudarão a orientar as respostas médicas e de sáude à epidemia do vírus da zika”, acrescentou Fauci.
As consequências do contágio da zika incluem más-formações congênitas, como o mais comum, a microcefalia, com a qual a cabeça dos bebês ou crianças pequenas tem um tamanho menor que o normal e que pode acarretar problemas de desenvolvimento. Outros transtornos neurológicos, como a Síndrome de Guillain-Barré, também foram associados ao vírus da zika.
*Com informações de Agência Brasil