Centenas de pessoas protestam nesta quinta-feira (07/07) nas ruas de Falcon Heights em Minnesota, nos EUA, contra a morte do jovem negro Philando Castile, que foi baleado por um policial branco na quarta-feira (06/07). Este já é o terceiro dia de manifestações contra a morte de jovens negros por policiais brancos no país.
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A polícia confirmou que dois agentes estiveram envolvidos na ação que levou à morte de Castile, de 32 anos.
Um vídeo publicado nas redes sociais pela namorada de Castile, Diamond Reynolds, mostra o jovem sentado ao seu lado, no assento do motorista, com uma camisa branca manchada de sangue. A filha de Reynolds também estava no carro.
No vídeo, Reynolds diz que Castile estava buscando sua bolsa para mostrar um documento de identidade ao agente. Ele teria avisado também estar com uma arma de fogo porque tinha licença para tê-la.
Nesse momento, segundo ela, a polícia ordenou que Castile não se movesse. Quando ele colocava as mãos para cima, segundo a versão de sua namorada, o agente efetuou “quatro ou cinco” disparos.
O fato ocorreu no mesmo dia que o governo dos EUA anunciou que investigará a morte de Alton Sterling, um homem negro de 37 anos. Ele morreu na terça-feira (05/07) em Baton Rouge (Louisiana) após uma briga com dois policiais brancos. O caso foi gravado, e as imagens divulgadas nas redes sociais.
Segundo o governador da Louisiana, o democrata John Bel Edwards, o inquérito será conduzido pela divisão de direitos civis do Departamento de Justiça, encarregada de investigar crimes raciais, e pelo FBI.
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“Eu tenho preocupações muito sérias, o vídeo é preocupante para dizer o mínimo”, disse o governador em referência às imagens gravadas com um telefone celular. No vídeo, um dos agentes aparece sacando algo que parece ser uma pistola e colocando o objeto no pescoço de Sterling, que permanece imobilizado no solo.
Nesse momento do vídeo, a câmera se afasta da cena e são ouvidos tiros e uma voz que grita: “Tem uma arma, uma arma”.
A morte de Sterling também levou a protestos na capital da Louisiana, onde algumas pessoas bloquearam o trânsito e outras carregavam cartazes e gritaram palavras de ordem como “Sem justiça, não há paz” e “As vidas dos negros importam”.
(*) Com Agência Efe