Atualizado às 9h30
A ONU criticou, nesta terça-feira (19/07), a suspensão em massa de juízes e promotores realizada pelo governo da Turquia após a tentativa de golpe de Estado militar e afirmou que “cada caso deve ser examinado antes de maneira independente e individual”.
AgênciaEfe
Manifestantes sobem em tanque militar durante tentativa de golpe de Estado militar em Istambul
“Uma suspensão em massa – como a que ocorreu em questão de 48 horas, com a remoção de pelo menos 2.745 juízes e promotores – não permite uma avaliação individual”, afirmou o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein.
Ele pediu que as autoridades turcas não permitam a violação dos direitos humanos “em nome da segurança e na pressa de castigar aqueles que acreditam ser os responsáveis”.
Zeid Ra'ad Al Hussein fez também um chamado para que observadores internacionais visitem os centros de detenção turcos para checar as condições dos locais e o acesso de acusados a advogados.
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Nesta segunda-feira (18/07), o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou que mais de 7.500 pessoas foram detidas após a tentativa de golpe de Estado na sexta-feira (15/07) no país, entre elas 6.000 militares, 100 policiais, 755 juízes e promotores e 650 civis.
A tentativa de golpe de Estado na última sexta-feira (15/07) deixou mais de 290 pessoas mortas, segundo o Ministério de Relações Exteriores do país.
(*) Com Agência Efe