A morte de um mais um homem negro pela polícia gerou protestos nesta terça-feira (20/09) e na quarta-feira (21/09) na cidade de Charlotte, no estado norte-americano da Carolina do Norte.
A tensão em Charlotte começou quando policiais mataram Keith Lamont Scott, um negro de 43 anos, no estacionamento de um edifício. De acordo com os agentes, o homem estava armado e “representava uma ameaça de morte iminente” para os policiais.
Some pictures I took of tonight #BLM #KeithLamontScott #CharlotteProtest pic.twitter.com/Q8Mmcaj5lZ
— Pooja Pasupula (@Pooja_Pasupula) 21 de setembro de 2016
“O sujeito saiu do veículo com uma arma de fogo que representava uma ameaça de morte iminente para os agentes, que seguidamente dispararam suas armas”, informou a polícia de Charlotte por meio de um comunicado.
De acordo com a polícia, os agentes tinham ido ao edifício para executar um mandado de prisão contra outro homem, que não foi encontrado.
Familiares de Scott, no entanto, negaram que ele estivesse armado e disseram que a vítima levava um livro que estava lendo enquanto esperava seu filho que retornava da escola.
O policial que matou Scott foi identificado como Brentley Vinson e, segundo veículos de imprensa locais, também seria negro.
Nos protestos de terça-feira, manifestantes levavam cartazes com os dizeres: “Parem de nos matar”, “sem justiça não há paz” e “as vidas dos negros também importam”.
A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que atiraram garrafas e pedras contra os agentes.
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Manifestantes voltaram a se reunir nas primeiras horas de quarta-feira (21/09), quando trancaram a Rodovia Interestadual 85.
Durante os confrontos, ao menos sete pessoas ficaram feridas, de acordo com a emissora WSOC, e cinco foram detidas.
A prefeita de Charlotte, a maior cidade da Carolina do Norte com mais de 825 mil habitantes e 35% da população negra, Jennifer Roberts, disse que a comunidade “merece respostas” e prometeu uma “investigação completa”.
O caso ocorre em meio a um clima de tensão racial que cresceu nos últimos dois anos pela morte de dezenas de negros por policiais brancos e dias depois que uma agente matou um afro-americano desarmado em Oklahoma.
(*) Com Agência Efe