Atualizada em 10/07/2017 às 15:55
Em 11 de julho de 1944, o coronel Claus von Stauffenberg, um alto oficial do Exército alemão, transportou uma bomba ao quartel-general e a residência de verão de Adolf Hitler em Berchtesgaden, nos Alpes Bávaros, com a intenção de assassinar o Führer.
Assim que o sentido da guerra começou a virar contra os germânicos e as atrocidades cometidas às instâncias de Hitler se espalhavam por toda parte, um crescente número de alemães, dentro e fora das forças armadas, passaram a conspirar pela eliminação de seu líder.
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Stauffenberg, em 1926, quando servia a cavalaria alemã; atentado mal-sucedido custou sua vida
Avaliando que seria bastante improvável que as massas se levantassem contra o homem em cujas mãos depositaram até então suas vidas e seu futuro, cabia aos homens próximos a Hitler, oficiais militares alemães, a tarefa de assassiná-lo. A liderança da conspiração coube a Claus von Stauffenberg, na época recém promovido a coronel e chefe da equipe do Estado-maior da reserva do Exército o que lhe permitia acesso aos quarteis-generais de Hitler nas montanhas da Bavária, em Berchtesgaden e no nordeste da Alemanha, em Rastenburg.
Stauffenberg, que servia no Exército germânico desde 1926, manifestou contrariedade com o cruel tratamento dispensado aos judeus e aos prisioneiros soviéticos pelos seus soldados e camaradas de farda enquanto servia como oficial do Estado-maior na campanha contra a União Soviética. Depois disso, pediu para ser transferido para o norte da África, onde perdeu seu olho esquerdo, a mão direita e dois dedos de sua mão esquerda.
Depois de se recupear de seus ferimentos e estar determinado a ver Hitler removido de seu poder, Stauffenberg viajou a Berchtesgaden em 3 de julho, quando recebeu das mãos do oficial do exército Helmuth Stieff uma bomba com um detonador silencioso e suficientemente pequena para ser escondida numa pasta de couro.
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Quartel-general em Rastenburg, conhecido como Wolfsschanze, após a bomba
Em 11 de julho, Stauffenberg foi convocado a Berchtesgaden para apresentar pessoalmente a Hitler um relatório sobre a situação militar do momento. O plano era usar a bomba em 15 de julho, mas no ultimo minuto, Hitler foi chamado para o seu quartel-general em Rastenburg. Stauffenberg então foi designado para acompanhá-lo.
A tentativa de assassinato foi adiada para 20 de julho em Rastenburg, no quartel-general, conhecido como a “Toca do Lobo (em alemão, “Wolfsschanze”). A conspiração e os detalhes da explosão das bombas foram relatadas em livros e no cinema, em especial, no filme “Operação Valquíria”, de 2008, protagonizado por Tom Cruise no papel do coronel Stauffenberg.
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