O Fed (Federal Reserve ) anunciou nesta quarta-feira um plano para comprar bônus do Tesouro em massa, que permitirá injetar no sistema um total de 600 bilhões de dólares.
O Comitê de Mercado Aberto do Fed, que discutiu a medida nos dois últimos dias, assinalou que a compra, que tem o objeto de revitalizar a economia, será desenvolvida até junho de 2011 no valor de, aproximadamente, 75 bilhões de dólares por mês.
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Na prática, esta iniciativa do Fed, que se denomina “expansão quantitativa” (Quantitative Easing), suporá que o banco imprimirá 600 bilhões de dólares para adquirir a dívida pública, com o objetivo de diminuir os juros a longo prazo para que o povo consuma mais e as empresas possam se endividar e contratar.
Quando existe muita demanda de dívida pública, ocorre um aumento no preço dos bônus, mas um descenso da rentabilidade oferecida, que se movimenta inversamente ao preço.
Alguns analistas disseram que esta medida terá pouco impacto no crescimento econômico, porque as taxas de juros já estão em níveis historicamente baixos, e só servirá para disparar a inflação e, talvez, criar bolhas especulativas em alguns mercados, como o de valores.
Em seu comunicado, o Comitê, que aprovou a medida com apenas um voto contra, indicou que revisará regularmente o ritmo e o volume do programa “como for necessário para promover o maior número de empregos e a estabilidade dos preços”.
No comunicado, o Fed se referiu à situação econômica e expressou sua “decepção” pelo lento ritmo de reativação, que começou em julho de 2009 e não foi suficiente para aliviar o desemprego que está em 9,6%.
Na reunião de hoje, o Comitê manteve a taxa básica de juros abaixo de 0,25% e, em seu comunicado, não modificou a frase usada há meses e, segundo a qual, continuará com essa política monetária “de taxas excepcionalmente baixas por um longo período”.
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