Efe
A Junta Militar egípcia prometeu nesta quarta-feira (25/01) deixar o poder em 30 de junho deste ano, logo após a realização de eleições presidenciais. O governo também assegurou que trará a público “os segredos e verdades” anteriores à Revolução de Lótus, movimento que completa um ano hoje.
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“Passou um ano inteiro desde a revolução de 25 de janeiro e, para que não pensem que tentamos melhorar nossa imagem, ainda não chegou o momento de anunciar muitas verdades dos meses e dias prévios à revolução. Mas chegará o momento em que falaremos”, acrescentou.
Em comunicado, o Conselho Supremo das Forças Armadas, máxima autoridade do país, posicionou-se ao lado das reivindicações de ativistas e grupos políticos críticos do atual papel de Governo ressaltando que deixará os quartéis para se dedicar somente à defesa “da terra, do céu e do mar do Egito”.
Os dirigentes estabeleceram como próximos passos do período de transição a realização de eleições para a Câmara Alta do Parlamento, a redação de uma nova Constituição e a convocação de eleições presidenciais.
Após tudo isso, a cúpula militar, que dirige o Egito desde a renúncia de Hosni Mubarak em fevereiro do ano passado, afirmou que retornará a seus quartéis deixando com que “o povo se vista com a roupa da liberdade e da democracia”.
A Junta Militar reiterou que “sempre” apoiou a revolução e que tinham previsto que ela iria explodir meses antes de seu início.
“Quando vimos com nossos próprios olhos os jovens da revolução sacrificando suas almas pelo Egito e enfrentando as ferramentas mais brutais da repressão, nos inclinamos pela revolução”, afirma.
Segundo os dirigentes militares, “a revolução triunfou em erradicar a injustiça e a repressão”, assim como em acabar com a “deterioração que afetava o Egito nas últimas décadas”.
O comunicado da Junta Militar coincide com a celebração do primeiro aniversário da Revolução de 25 de Janeiro que derrubou Mubarak, um dia que muitos aproveitaram para exigir também o fim da liderança dos generais e a transferência do poder a uma autoridade civil. Milhares de egípcios saíram às ruas de todo o país em um ambiente festivo, lembrando a Praça Tahrir, no Cairo, como emblema da revolução.
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