O ex-vice-presidente do Equador, Lenín Moreno, aceitou neste sábado (01/10) ser o candidato à presidência pelo movimento governista AP (Aliança País) nas eleições de fevereiro de 2017.
“Aceito”, disse Moreno perante os cerca de 20 mil correligionários que participam da Quinta Convenção Nacional do partido na capital Quito.
Agência Andes
Da esquerda para a direita: Moreno, Correa e Glas
O nome de Moreno foi proposto pelo atual presidente, Rafael Correa, que destacou as conquistas obtidas na chamada “década ganha”, em referência ao seu mandato à frente do país desde 2007.
Moreno, de 63 anos e vice-presidente entre 2007 e 2013, anunciou que seu companheiro de chapa na cédula eleitoral será o atual vice-presidente, Jorge Glas, que também aceitou a oferta.
O ex-vice-presidente defendeu as conquistas da “Revolução Cidadã”, como se conhece o projeto governamental, e garantiu que, após as mudanças que se operaram no país, “o passado não voltará”, um lema utilizado frequentemente por Correa e repetido hoje com entusiasmo pelo público.
“Vamos por mais”, completou o pré-candidato, ao qualificar de “falta de vergonha” a pretensão daqueles que querem “jogar tudo no lixo” e pretendem aplicar a “teoria de terra arrasada” às realizações alcançadas.
Moreno lembrou que o processo de transformação que vive o país é parte da chamada “época de mudança”, realizada na região com os governos progressistas que chegaram ao poder a partir dos anos 2000.
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Desde 2003, quando foi atingido por um tiro à queima-roupa, Moreno é paraplégico e, durante sua gestão como vice-presidente, realizou um importante trabalho com os deficientes no país. Tais ações fizeram com que em 2013, ele fosse nomeado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, como enviado especial sobre Deficiência e Acessibilidade, cargo que desempenha atualmente em Genebra.
Correa
Ao apresentar a pré-candidatura de Moreno, Correa disse que ele é um companheiro de fileiras “leal, integro, de cuja convicção revolucionária e entrega temos certeza”.
“A revolução fica nas melhores mãos”, declarou o presidente, acrescentando que a campanha vindoura será “dura”, em referência ao que chama de “novo Plano Condor”, ou seja, os ataques da “oposição endinheirada e carente de escrúpulos, assim como da imprensa mercantilista”.
“Mas voltaremos a derrotá-los”, frisou Correa, ao ressaltar a necessidade de as pessoas irem “de rua em rua, de praça em praça de bairro em bairro” em defesa da Revolução Cidadã.
(*) com informações da Agência Efe