O processo de impeachment que a presidente Dilma Rousseff enfrenta na Câmara dos Deputados tem mobilizado brasileiros que moram no exterior contra e favor da destituição da mandatária.
No Chile, a reportagem de Opera Mundi ouviu Alexandre Vieira, que vive em Viña del Mar e é contra o possível impedimento da presidente brasileira por considerar que se trata de uma manobra de alguns grupos para retornar ao poder. Já Sílvio Ramos, que mora em Santiago, capital chilena, acredita que a possível destituição de Dilma pode “trazer tranquilidade institucional” para o país.
Leia a seguir a íntegra dos depoimentos de Alexandre e de Sílvio:
Alexandre Vieira, 25 anos, agente de turismo, vive em Viña del Mar
Percebe-se que estão utilizando uma ferramenta da nossa Constituição para aplicar os próprios interesses. O impeachment é um artifício que permite poder ao povo de tirar o seu governante, mas percebemos que não é a vontade do povo, mas sim de grupos que querem retornar ao poder. Não chamarei de golpe a manobra da oposição, e sim de desrespeito às normas e valores da Constituição brasileira.
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Sílvio Ramos, 41 anos, comerciante, mora em Santiago
Sou a favor do impeachment como forma de trazer uma tranquilidade institucional para que o país possa sair da crise política e voltar a ser governável. Mas também não acho correto que assuma o [vice-presidente Michel] Temer, porque tanto ele quanto a Dilma estão envolvidos com as tais pedaladas fiscais, e em casos de financiamento ilegal da chapa nas eleições de 2014, como denunciado na delação da [empreiteira] Andrade Gutierrez, está envolvida a chapa, não só a presidente. Por isso deveria haver punição à chapa. Talvez o Brasil precise de um novo sistema político, para vencer a crise política, e se houver esse debate na sociedade, acho que o parlamentarismo seria a melhor solução.
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Roberto Stuckert Filho / PR
A presidente brasileira, Dilma Rousseff, em evento no Palácio do Planalto nesta terça-feira (12/04)