Foto Celtic Renewables
Essa é para aliviar a ressaca moral: em seu blog no site da revista Mother Jones, a jornalista Kiera Butler informa que uma empresa escocesa está desenvolvendo um processo que transformará os resíduos da produção de uísque em ração animal, acetona e combustível para carros. Durante a destilação da bebida, os restos da fermentação da cevada e da destilação do alcool são difíceis de serem descartados porque contém componentes biológicos que podem acidificar ecossistemas, além de traços de cobre, presente nos recipientes usados na produção. A empresa Celtic Renewables faz uma sopa com estes restos, e então, através de um processo de fermentação – desenvolvido antes da Primeira Guerra Mundial mas que foi descartado por não poder competir com o petróleo – a companhia transforma a substância em biobutanol, ração animal e acetona (sim, essa mesma, do removedor de esmalte).
Como combustível, o biobutanol é 25% mais eficiente que o etanol; a acetona tem vários usos industriais e a ração animal é rica em proteína. A ideia é promissora e ainda está em fase de testes no laboratório da empresa, que espera poder implantá-lo nas destilarias a partir do ano que vem. Segundo o porta-voz da companhia, se todas as destilarias escocesas adotassem o processo, o biobutanol produzido seria suficiente para abastecer 3% dos carros do país. Não seria o fim da dependência do petróleo, mas é um passo na direção certa.
O artigo completo, em inglês, pode ser lido no site da revista Mother Jones. Cheers!
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