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Quando é meio-dia em Londres, são 09h da manhã no Rio de Janeiro, 10h em Fernando de Noronha, e 08h em Manaus – isso se não estivermos, nós ou os ingleses, no horário de verão. Pois dois professores da Universidade Johns Hopkins acreditam que há uma maneira mais simples de organizar a hora no planeta. O astrofísico Richard Conn Henry e o economista Steve Hanke propõem que adotemos a Hora de Greenwich, também conhecida como Hora Universal. Com isso, o horário seria o mesmo no mundo todo, independentemente da posição do sol no céu: meio-dia em Londres seria meio-dia no mundo inteiro, mesmo que em grande parte da Ásia, do Pacífico e da América do Norte já – ou ainda – fosse noite. “Todos saberíamos exatamente que horas são em qualquer lugar, a qualquer momento”, escrevem os acadêmicos.
Alguns países já interferiram na organização das zonas horárias. Desde 1949, a China tem somente um fuso horário, mesmo que geograficamente o país compreenda quatro zonas. Em 2010, a Rússia eliminou duas de suas então 11 zonas horárias, e hoje conta com nove fusos. O Brasil, que até 2008 tinha quatro fusos, eliminou um deles e ficou com três. Mas todo o planeta passar de 24 zonas horárias para somente uma seria uma considerável mudança, segundo a Smithsonian Magazine. Em algumas ilhas do Pacífico, a data ia mudar com o dia ainda claro: as pessoas iam acordar em uma terça-feira e ir dormir em uma quarta, por exemplo.
Os professores também querem se livrar do calendário gregoriano padrão, que muitos países tem usado desde o fim do século XVI. No novo calendário “Henry-Hanke”, 13 de abril – ou qualquer outra data – cairia no mesmo dia da semana, todo ano. “Imagine quanto tempo e esforço são gastos todo ano para re-planejar o calendário de cada organização do mundo e fica bem óbvio que nosso calendário simplificaria a vida e proporcionaria muitos benefícios”, argumenta o astrofísico Henry. Faz sentido. Mas para muitos seria difícil acreditar que é meio-dia com o céu escuro e a lua alta no céu.
Leia o artigo completo, em inglês, no site da revista Smithsonian Magazine.
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