A natureza sabe competir, cooperar, negociar e disputar melhor (ou, no mínimo, com milênios de experiência) do que os seres humanos. É o que mostra a matéria publicada na revista Trip sobre o designer Fred Gelli e seu estudo sobre “bionegócios”. Desde 2010, o tema é estudado por ele e por uma equipe de professores da Fundação Getúlio Vargas e já foi apresentado em diversos fóruns.
Fernando Laszlo
Segundo Gelli, a natureza é mais evoluída em termos de trabalho do que os humanos. Ele cita como exemplo a disputa de dois pássaros por um alimento. O designer explica que se a disputa for prolongada por mais tempo do que o necessário, passa a não valer mais a pena para nenhum dos pássaros. Os corais e outros ecossistemas apresentam também seus estilos de negociação. Não se trata de filantropia – é algo mais próximo da máxima grega que prega o “nada em excesso”. “A natureza detesta desperdícios”, diz Gelli.
Na opinião de Ricardo Guimarães, presidente da Thymus Branding,a competição mais séria não é entre os indivíduos da tribo e nem entre tribos, mas entre as pessoas/tribos e o meio ambiente. E a regra é quanto mais rápido se aprende a lidar com o ambiente, mais garantida está a sobrevivência. “As tribos que competem mais do que cooperam demoram muito para aprender e acabam sucumbindo ao ambiente. Portanto, a lei da selva que determina a sobrevivência não é a competição, mas a cooperação. Tudo isso é ciência, OK? Darwin na veia”, observa.
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