No segundo dia de conclave papal, 115 cardeais escolheram o cardeal Jorge Mario Bergoglio para ser o novo papa
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Consagrada a fumaça branca que transformou em papa o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, o imediatismo com que se difundiu o nome do eleito provocou confusão sobre a nomenclatura correta do novo pontífice: Francisco I, ou apenas Francisco?
Ainda na noite de quarta-feira (14/3), logo após o fim do conclave, o Twitter do Vaticano chegou a divulgar Francisco I (Francisco Primeiro) como o nome do novo papa. No entanto, a dúvida foi esclarecida com o jornal L’Osservatore Romano (Observatório Romano, publicação oficial do Vaticano), ao publicar que o novo papa adotará o nome Francisco.
Por ser o primeiro a adotar esse nome, o pontífice não necessita de um numeral para ser diferenciado de outros papas. Se, em algum momento, existir um pontífice Francisco II, ou Francisco III, aí sim o atual papa passaria para a história como Francisco I.
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Antes da confusão ser esclarecida, o Twitter do Vaticano publicou as duas versões: com e sem o numeral romano
Xavier ou Assis?
De acordo com o cardeal norte-americano Timothy Dolan, o novo papa adotou o nome de Francisco em homenagem a São Francisco de Assis. O motivo: “sua simplicidade e dedicação aos pobres”.
Por outro lado, religiosos que acompanham o Colégio de Cardeais, do qual Bergoglio faz parte, dizem que a escolha refere-se a São Francisco Xavier.
Conforme noticiou a Agência Brasil, São Francisco Xavier foi um missionário cristão e é apontado como um dos fundadores da Ordem dos Jesuítas, à qual também pertence o novo papa. Segundo a história do santo, nas missões como evangelizador e missionário, ele conquistou a conversão de várias pessoas ao cristianismo.
A simplicidade, a proximidade com a população e a busca pela compreensão e pelo respeito à cultura local são marcas dos jesuítas. De acordo com a história, Francisco Xavier, que viveu no século 16, morreu humildemente sobre uma esteira segurando a cruz de madeira — que é o símbolo dos jesuítas. Ao ser apresentado aos fiéis, o papa usava a cruz de madeira.
O papa Francisco é da Ordem Companhia de Jesus, também conhecida como jesuíta, que foi fundada no século 16 e passou a ser conhecida por suas ações missionárias, de pesquisas e de educação. Os jesuítas defenderam as primeiras reformas da Igreja Católica Apostólica Romana. Na chegada dos portugueses ao Brasil, os jesuítas os acompanharam e atuaram na catequese dos indígenas.
Os princípios históricos dos jesuítas foram evocados nessa quarta-feira pelo papa. Ele ressaltou que uma das tarefas da Igreja é evangelizar. A afirmação ocorre no momento em que o número de católicos sofre redução em países nos quais sempre predominou, como o Brasil. O papa emérito Bento XVI demonstrava preocupação com a queda de fiéis da Igreja.
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