Manifestantes foram às ruas nesta sexta-feira (30/06) em todos os Estados do Brasil para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária patrocinada pelo governo de Michel Temer (PMDB). Saiba como foram as manifestações em alguns locais do país:
São Paulo
Em São Paulo, avenidas foram fechadas logo pela manhã, com barricadas. Bancos e colégios não funcionaram, mas, diferentemente da última paralisação, metrô e ônibus da capital paulista não interromperam o serviço. Pela manhã, um protesto ocupou o aeroporto de Congonhas; outra manifestação chegou a bloquear a rodovia que leva ao aeroporto de Guarulhos.
Com a adesão dos bancários, as agências ficaram fechadas e, no início da noite, um protesto saiu da avenida Paulista rumo à prefeitura, no centro da cidade. Segundo as centrais sindicais, ao menos 40 mil pessoas participaram do ato.
Brasília
Em Brasília, a greve também teve grande impacto. Loja, bancos e escolas ficaram fechados e até mesmo locais que diariamente costumam ser corredores de passagem de transeuntes, como a rodoviária, estão com movimentação nitidamente reduzida, num dia atípico.
Todas as empresas de ônibus do DF mantiveram seus ônibus nas garagens, assim como o metrô, que não rodou trem algum, o que contribuiu para a paralisação das atividades. Além de as escolas públicas do ensino médio terem fechado as portas, unidades particulares de ensino, que anunciaram que iriam trabalhar normalmente nesta sexta, acabaram dispensando os alunos, segundo informações do sindicato da categoria.
Mídia Ninja
Manifestação em São Paulo reuniu 40 mil pessoas na avenida Paulista
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A paralisação foi sentida ainda na Universidade de Brasília (UnB), uma das maiores do país, onde funcionários e professores decidiram cruzar os braços, com apoio dos alunos. No total, as categorias que mais aderiram à paralisação foram motoristas, professores, profissionais da área de saúde, vigilantes e trabalhadores da UnB.
Rio
Já no Rio de Janeiro, as manifestações começaram cedo na capital fluminense. Por volta das 6h30 da manhã, a Linha Vermelha foi bloqueada na altura do campus do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Avenida Brasil, outro acesso principal da cidade, também foi interditada na altura da Penha, na Zona Norte.
Ainda na parte da manhã, professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) fizeram manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, enquanto profissionais da saúde protestaram em frente ao Hospital dos Servidores do Estado. No centro da cidade, agências bancárias não funcionário, além de cinco centros administrativos dos bancos, segundo Sindicato dos Bancários do Município do Rio.
Pedro Rocha/Mídia Ninja
No Rio, manifestação aconteceu no centro da capital fluminense
Na região metropolitana, a ponte Rio-Niterói também foi bloqueada, por volta das 7h da manhã. Ao mesmo tempo, no centro de Niterói, manifestantes saíram da Estação Arariboia e caminharam em direção ao Mergulhão. O funcionamento das barcas teve algumas viagens interrompidas por conta dos protestos na parte da manhã.
No final do dia, aconteceu um ato no centro da cidade.
Paraná
No estado, foram registradas mobilizações em ao menos 10 cidades. Ao meio dia, cerca de 3.000 pessoas se reuniram na Boca Maldita, no Centro. A mobilização ocorreu a partir da unidade entre centrais sindicais – CUT, CSB, CSP Conlutas, CTB, Força Sindical, Nova Central Sindical e UGT.
A atividade também contou com a participação de peso dos professores da Rede Estadual de Educação e de categorias de outros sindicatos e movimentos sociais. Trinta e nove agências bancárias também amanheceram em greve, de acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. Cerca de 60% das escolas públicas estaduais aderiram às manifestações, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Publica do Paraná (APP-Sindicato).
(*) Com Rede Brasil Atual e Brasil de Fato