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20 Minutos

‘Astrojildo Pereira foi a alma da fundação do PCB’, diz Marly Vianna

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Historiadora falou sobre relevância do militante para os movimentos anarquista e comunista no Brasil; veja vídeo na íntegra

Camila Alvarenga

Madri (Espanha)
2022-04-22T18:32:00.000Z

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No programa 20 MINUTOS ENTREVISTAS desta sexta-feira (22/04), o jornalista Breno Altman entrevistou Marly Vianna, historiadora, professora, autora, e dirigente do Partido Comunista Brasileiro nos anos 1970 sobre Astrojildo Pereira (1890-1965), importante liderança comunista. 

Segundo ela, Astrojildo “foi a alma da fundação do PCB”, mas já era uma importante liderança política antes do surgimento da legenda. Em 1911, ele foi para a França, onde entrou em contato com o movimento anarquista, ao qual se ligou retornando ao Brasil e do qual fez parte até 1922, quando o PCB foi criado.


Enquanto anarquista, Astrojildo participou da “ingênua” tentativa revolucionária de novembro de 1918 que pretendia tomar o Rio de Janeiro, “mas mesmo naquela época já se pensava na fundação de um partido comunista porque os anarquistas achavam que a Revolução Russa era libertária e anarquista, apoiaram-na e pensavam que o caminho era a criação de um partido”.

Até por isso, quando o PCB foi criado, ele carecia de elaboração teórica, como explicou Vianna, e a Revolução Russa foi a grande responsável pela conversão de Astrojildo ao marxismo. A legenda, segundo ela, era muito pautada pela Terceira Internacional que acreditava no poder do operariado e que a revolução viria dos sindicatos.

“Inclusive Astrojildo busca encontrar aliados entre os socialistas e os tenentes. É assim que chega a Luis Carlos Prestes. Ele, aliás, foi fundamental para atrair Prestes para o marxismo e o movimento comunista”, contou.

A relação entre os dois, contudo, foi episódica e Astrojildo, que logo nos primeiros anos do PCB se tornou seu secretário nacional, acaba sendo derrubado da direção do partido no início dos anos 30.

“Quando a Internacional surge, a América Latina praticamente não tinha relevância para ela. A preocupação de Lênin era mais com a China, a Índia e o Oriente. Só depois do sexto congresso da Internacional, em 1929, com Lênin morto e Stálin dando as ordens, é que se voltam para a América Latina  e começam a intervir nos partidos comunistas – da pior maneira possível”, explicou Vianna.

Astrojildo acaba sendo chamado a Moscou. Lá, o Partido Comunista russo exige que seja feita uma autocrítica e que o PCB siga os rumos de “proletarizar” a militância. De acordo com a historiadora, o militante decide não fazê-lo e acaba sendo expulso.

“Aí vem um traço dele que eu acho absolutamente fantástico. Ele é expulso, uma enorme injustiça, e, mesmo assim, em nenhum momento critica a URSS, a internacional ou o Partido Comunista russo. Só elogia a Revolução e os Planos Quinquenais”, ressaltou.

Retorno de Astrojildo

Durante a redemocratização pós-Vargas, Astrojildo Pereira se reincorpora à vida partidária e ao PCB, mas ligado apenas à seção de agitação e propaganda, com atividades predominantemente jornalísticas. Nesse momento, se converte em um grande crítico literário, algo que não pode fazer antes por suas obrigações como militante, segundo ponderou Vianna.

“Havia muita mágoa e o PCB infelizmente desprezou vários quadros que poderiam ter sido muito importantes. O Astrojildo foi um deles. Acho que por isso se perdeu o legado dele, aliás, acho que ele nem chegou a deixar um legado porque foi esmigalhado. O próprio partido quase se esfaçelou”, lamentou.

Mesmo assim, para ela, trata-se de uma figura “que merece todas as nossas homenagens. Foi um crítico literário fantástico, apaixonado por Machado de Assis, foi um militante político de caráter humanitário e dignidade impressionantes”.

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Guerra na Ucrânia

Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk

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Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-07-03T20:53:00.000Z

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A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".

Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,

"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.

"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.

Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.

Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.

A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas

No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia

Explosões em cidade russa

Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.

"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.

As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.

Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.

"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.

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