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20 Minutos

‘Discurso de Lula pela pacificação é acerto eleitoral’, afirma Antonio Lavareda

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Cientista político analisou as estratégias dos principais candidatos presidenciais, baseando nas atuais pesquisas de opinião; veja vídeo na íntegra

Camila Alvarenga

Madri (Espanha)
2022-04-27T19:30:00.000Z

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No programa 20 MINUTOS ENTREVISTA desta quarta-feira (27/04), o jornalista Breno Altman entrevistou o professor e cientista político especialista em pesquisas de opinião pública Antonio Lavareda, presidente do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE).

Atualmente, de acordo com a última pesquisa realizada pelo IPESPE, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem 38% das intenções de voto espontâneo, enquanto o mandatário Jair Bolsonaro tem 28%. Já nas pesquisas de voto estimulado, o petista tem 45% das intenções de voto e o presidente tem 31%.

A partir desses dados, Lavareda afirmou que a tendência de uma campanha eleitoral polarizada é praticamente irreversível e analisou as táticas dos dois candidatos.

Para ele, Bolsonaro, ao repetir a estratégia de 2018, mobilizando um sentimento antissistema, se equivoca: “em geral você precisa radicalizar seu discurso quando você está ameaçado. Não tem nenhuma candidatura de direita mais extrema, ninguém atacando sua posição como demasiadamente moderada. Bolsonaro se beneficiaria de um avanço em direção ao centro”.

Sem falar que, enquanto em 2018 o sentimento dominante era a raiva e indignação, atualmente o sentimento é de medo e cautela, muito por conta da pandemia do novo coronavírus, o que faz com que, segundo o especialista, os eleitores rejeitem candidaturas radicais.

Por outro lado, o professor refletiu que o presidente pode não estar tentando angariar mais votos, mas, sim, “manter a taxa de entusiasmo e engajamento de seus adeptos”. Mesmo assim, “ele deveria dosar melhor essa retórica antissistema se seu objetivo é realmente ganhar a eleição”.

Já no caso de Lula, a decisão de nomear Geraldo Alckmin como vice-presidente da chapa foi vista por Lavareda como um "cálculo acertado". A estratégia leva em conta a mudança do sentimento da população e já está funcionando no sentido de arrefecer as críticas ao ex-presidente, que vinha sendo taxado de radical.

“Uma candidatura antissistema só ajudaria a incendiar o país, não corresponderia às demandas da população, com medo e prejudicada pela pandemia. Além de que Lula começou já no teto de intenções de voto, ele precisa adotar uma estratégia de manutenção, manter seu contingente de eleitores. Portanto, diminuir a crítica ao extremismo, se aproximar da centro-direita não é um movimento para ganhar eleitores, é para manter os que já tem”, reforçou.

O professor destacou que Lula conta com outra vantagem: é um ex-presidente cujo governo conta ainda hoje com alta taxa de aprovação. “Lula tem comandado as pesquisas não pelo que vem prometendo, mas pelo que representa”, ressaltou. 

Reprodução
Cientista político Antonio Lavareda foi o entrevistado de Breno Altman no 20 MINUTOS ENTREVISTA desta quarta-feira (27/04)

Assim, a estratégia do petista não pode se limitar à pacificação de classes, como deve se esforçar para resgatar os feitos de seu governo, sobretudo levando em consideração a quantidade de brasileiros que não viveram seu governo ou não se recordam, “ou que não processam adequadamente as lembranças sobre ele”. A partir daí, deveria fazer um contraste com o governo em curso, de acordo com Lavareda.

Desidratação da terceira via e recuperação de Bolsonaro

Apesar dos erros táticos de Bolsonaro, o especialista alertou que a eleição não pode ser dada como ganha e que é necessário falar sobre a recuperação do presidente. Segundo ele, essa recuperação vem acontecendo e deve continuar a acontecer devido ao esvaziamento da terceira via e a queda de pré-candidaturas como a de Sergio Moro.

“Bolsonaro se beneficia dessa tendência. Um espectro político mais plural é bom para o PT e para a população que comunga com valores liberais, mas tem um compromisso com a democracia. Até porque, quem vai continuar representando esse setor se o centro deixar de ter força eleitoral? Parte desse grupo votou em Bolsonaro em 2018, ele pode acabar atraindo-o outra vez”, ponderou.

Isso pode ocorrer principalmente se a economia começar a dar sinais de recuperação, apontou Lavareda. Aliás, na opinião do professor, a campanha de Bolsonaro será pautada por valorizar as conquistas econômicas que teve, justificar por que não pode levar a cabo outras medidas, realizando uma releitura de seu governo e da atual crise econômica a fim de dar credibilidade a futuros projetos.

“Agora, se Lula continuar liderando e a terceira via desaparecer, pode ser que Lula atraia esses votos também porque até agora não se deu o efeito gangorra. Bolsonaro está se recuperando, mas Lula não está enfraquecendo”, sublinhou.

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Guerra na Ucrânia

Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk

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Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-07-03T20:53:00.000Z

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A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".

Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,

"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.

"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.

Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.

Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.

A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas

No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia

Explosões em cidade russa

Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.

"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.

As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.

Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.

"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.

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