Sexta-feira, 18 de abril de 2025
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No programa 20 MINUTOS ANÁLISE, veiculado nesta terça-feira (25/03) pelo canal de Opera Mundi no Youtube, Breno Altman explicou que o plano de Israel, que tem retomado seus ataques na Faixa de Gaza após, na semana anterior, violar acordo de cessar-fogo, é eliminar a possibilidade da criação de um Estado palestino.

Em sua exposição, o jornalista e fundador de Opera Mundi afirmou que o sionismo tem como objetivo a reconstrução da chamada “Grande Israel”, um conceito que abrange territórios desde o Rio Eufrates, no Iraque, até o Rio Nilo, no Egito, incluindo Palestina, Líbano, Jordânia, Síria e partes de outros países. 

Ao indicar que, atualmente, há 750 mil colonos israelenses nos territórios palestinos, incluindo em Jerusalém Oriental e em mais de 230 assentamentos, Altman explicou que os colonos judeus são protegidos pelo Exército de Israel, ou seja, financiados pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, sendo o papel destes “impedir a continuidade territorial” da Palestina.

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O jornalista também mencionou estratégias usadas por Israel para consolidar o seu projeto colonial, como incentivar a colonização e sabotar os Acordos de Oslo, em 1993, que previam uma autonomia, ainda que limitada, para palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. 

“Contra essa estratégia colonial, marcada por sangue e opressão, é que se levantou o Hamas em 7 de outubro de 2023, dando origem a uma nova onda de rebelião contra o colonialismo sionista”, disse Altman. “A resposta genocida do governo Netanyahu foi a face mais brutal e visível de uma política cuja maior ambição é colocar abaixo qualquer concessão a independência ou a autonomia do povo palestino, deslanchando uma nova etapa de limpeza étnica que permita a Israel ter o controle total do território da Palestina histórica, da Palestina de 1947, quando foi feita a partilha.”

X/Benjamin Netanyahu
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

A política de Netanyahu também busca reduzir a população palestina para garantir domínio demográfico, segundo o fundador de Opera Mundi, “esmagando a solução de dois Estados e eliminando a maior quantidade possível de palestinos através da expulsão ou do genocídio”. Além da questão territorial, o jornalista avaliou que o massacre em Gaza pretende alterar a composição populacional, que se configura na proporção de “um judeu para um palestino” nos critérios atuais.

“Se o projeto de Netanyahu for vitorioso, mais cedo ou mais tarde, os palestinos terão que ser integrados ao Estado de Israel, ainda que como cidadãos de segunda classe […] É absolutamente indispensável que esta proporção seja fortemente alterada para que quando os palestinos integrados ao Estado de Israel venham a receber, por exemplo, o direito de votar, não coloquem abaixo o Estado.  Para criar essa garantia ao sionismo, é necessário que essa proporção, um judeu para um palestino, seja alterada no mínimo para quatro judeus a cada três palestinos”, explicou Altman.

Além do território palestino e o Oriente Médio ser estratégico no ponto de vista econômico por deter 60% das reservas mundiais de petróleo, na análise do fundador de Opera Mundi, o controle da área também se consolida essencial para os interesses imperialistas ocidentais, em especial dos Estados Unidos, principal aliado do regime sionista e financiador do genocídio. Enquanto isso, Israel aprofunda um regime fascista para assegurar o extremismo de direita no Estado.

“O genocídio do povo palestino elevado à máxima potência também é um instrumento para manter de pé a coalizão de direita do governo de Israel sob o comando de Benjamin Netanyahu, permitindo ao regime sionista adotar um formato de inspiração fascista necessário para suas guerras expansionistas e para o controle das divisões internas da sociedade israelense”, explicou Altman.

Veja a análise completa de Breno Altman: