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27 Perguntas

Como vivo a pandemia: Aline Gatto Boueri, Argentina

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Combinando questões gerais e outras bastante pessoais, Opera Mundi busca mostrar o impacto da covid-19 em diferentes países do mundo; quem responde hoje é Aline Gatto Boueri, de Buenos Aires

Aline Gatto Boueri

Buenos Aires (Argentina)
2020-06-30T13:30:52.000Z

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Combinando questões gerais e outras bastante pessoais, Opera Mundi traz o especial A Pandemia no Mundo. O objetivo é verificar o impacto da covid-19 em diferentes países. Trata-se de uma enquete: as mesmas 27 perguntas são repetidas para moradores deles, de modo que as respostas possam ser acompanhadas e comparadas.

Quando a pandemia começou, dizia-se muito que o coronavírus era "democrático", atacando igualmente pobres e ricos, brancos, asiáticos e negros, homens e mulheres.

O que a realidade mostrou é que os pobres são mais vítimas da covid-19, como a condução das políticas de saúde por governos de todo o mundo resultou em radicais diferenças no número de contaminados e de mortos.

Quem responde as perguntas hoje é a jornalista Aline Gatto Boueri, de Buenos Aires.


1. Descreva o grau máximo de isolamento social praticado onde você está. 

Isolamento praticamente total, saídas apenas para compras essenciais, em comércios de bairro (trajetos que eu posso fazer caminhando).

2. Quando começou sua quarentena? 

20/03 a quarentena total, 16/03 as primeiras medidas de isolamento.

3. Quem está com você? 

Meu companheiro e minha filha de 5 anos.

4. É fácil conviver assim? 

No início não foi muito difícil, depois ficou horrível. Hoje, depois de 3 meses, já nos organizamos melhor e conseguimos manter alguns espaços individuais.

5. Quando você sai de casa? 

Para fazer compras essenciais e para dar o passeio semanal com a criança (que passou a ser autorizado há pouco mais de um mês).


Leia as outras entrevistas da série A Pandemia no Mundo


6. Teve ou conhece alguém no país em que está que teve covid-19? 

Não.

7. Como viu a ação do governo do país em que está em relação ao coronavírus? 

Responsável, rápida e baseada em evidências. Há um discurso que valoriza muito o papel do Estado na garantia de direitos e também um trabalho colaborativo entre o governo nacional e os governadores, inclusive da oposição.

8. Ela mudou muito com o tempo? 

Não. Houve medidas de relaxamento da quarentena e, no início de julho, a cidade de Buenos Aires, onde eu moro, e sua área metropolitana voltaram à fase 1 da quarentena, com medidas mais rígidas, após o aumento no número de casos. Apesar da flexibilização e mudança de planos, me pareceu coerente com a postura de sustentar decisões políticas em dados e evidências.

9. Você está neste país por que motivo? 

Meu companheiro é argentino e me mudei para cá quando decidimos morar juntos, há 12 anos.

10. Acompanhou a situação brasileira? 

Acompanho.

11. A embaixada brasileira se comunicou com você ou com pessoas que você conheça? 

Sim, para anunciar voos de repatriação.

12. O governo brasileiro ofereceu algum tipo de ajuda? 

A mim, especificamente, não. Mas sei que auxiliou pessoas que precisavam voltar ao Brasil.

13. Como você acompanha as notícias do Brasil? 

Meios de comunicação, fontes, amigos e família.

14. Gostaria de voltar ao Brasil? Por quê? 

Não. Porque sinto que aqui eu e minha família estamos mais protegidas.

15. Sua vida profissional mudou durante a pandemia? Como? 

Não muito, porque jornalismo é considerado serviço essencial aqui e pude continuar trabalhando.

16. Sua vida afetiva (inclusive sexual, se quiser tratar disso) mudou durante a pandemia? Como? 

Muito. Existe pouco espaço de intimidade para o casal e as preocupações concretas somadas às angústias da incerteza sobre o futuro fazem a libido despencar.

17. Você engordou, emagreceu ou manteve o peso? 

Mantive o peso. Faço aula de yoga regularmente pelo Zoom, mas não me preocupo muito com aumento ou redução de peso. Considero algo de pouca importância diante de tudo que está acontecendo.

18. Você bebe mais ou menos durante a pandemia? 

Depende da semana.

19. O que tem feito para ocupar o tempo durante a quarentena? 

Trabalho, cozinho, arrumo a casa, leio, vejo filmes e brinco com a minha filha.

20. Desenvolveu, voltou a praticar ou abandonou algum hobby durante a pandemia? 

Não.

21. Desenvolveu, voltou a praticar ou abandonou algum vício durante a pandemia? 

Não. Mantive todos os meus vícios intactos.

22. Tem realizado atividades para cuidar da saúde mental durante a pandemia? 

Faço terapia por chamada de áudio. Já fazia antes e é um espaço ainda mais importante agora.

23. A pandemia fez com que você mudasse seu posicionamento político? 

De modo geral, não.

24. Se pudesse dar um conselho a você mesmo antes de entrar em quarentena, qual seria? 

Vá ao cabeleireiro hoje, não espere a semana que vem.

25. Você tem lido mais ou menos notícias durante a pandemia? Como é sua relação com o noticiário? 

Minha relação com o noticiário é profissional. Mantive os hábitos de leitura.

26. Como está a questão do abastecimento de insumos no país em que você está? 

Nada grave até o momento. No começo, era difícil encontrar álcool gel e alguns materiais de limpeza, mas agora há maior disponibilidade.

27. Como está o relacionamento com sua família? Melhorou? Piorou?

Tudo bem. Nos apoiamos e tentamos ser compreensivos. Quase sempre conseguimos.

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Política e Economia

Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação

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Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-05T21:50:00.000Z

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A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.

O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui. 

“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa. 

Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”. 

Flickr
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo

“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.

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