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O fracasso do plano de Guaidó: um balanço do 23 de fevereiro na fronteira Venezuela-Colômbia

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Promessa de fazer entrar a "ajuda humanitária" do líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado "presidente interino da Venezuela, não conseguiu ser cumprida

Fania Rodrigues

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2019-02-24T18:05:25.000Z

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A promessa de fazer entrar a "ajuda humanitária" do líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado "presidente interino da Venezuela”, não foi cumprida, apesar das diferentes tentativas em vários pontos das fronteiras venezuelanas. Os atos opositores na fronteira com a Colômbia provocaram ações violentas e deixaram 49 pessoas feridas, entre elas sete militares. Três pessoas apresentaram ferimentos com queimadura. Não houve registro de mortes nessa região de fronteira com a Colômbia, até o momento. O balanço de feridos foi feito pelo representante do governo nacional no estado fronteiriço de Táchira, Freddy Bernal.

As pontes internacionais Simón Bolívar, Francisco de Paula Santander, em Ureña, e Las Tienditas foram os centros dos protestos opositores, mas também ocorreram distúrbios no centro das cidades fronteiriças de Ureña e San António de Táchira, onde um guarda nacional teve o rosto queimado por um coquetel molotov lançado por simpatizantes de Guaidó.

As rodovias foram cortadas por opositores em vários pontos do estado de Táchira. A Guarda Nacional Bolivariana também fechou algumas estradas e rodovias. O aeroporto de Ureña foi tomado por um grupo opositor, mas depois recuperado pelos militares venezuelanos. No final do dia, o número de militares desertores eram sete, entre eles o major-general Hugo Parra Martínez. No entanto, o governo afirma que essa quantidade de deserções é insignificativa.

Brigadas bolivarianas, organização cívico-militar, lideraram resistência contra ações violentas de simpatizantes de Guaidó / Foto: Fania Rodrigues 



Do lado colombiano, o número de manifestantes opositores em todos os pontos de enfrentamento eram em média entre 300 e mil pessoas. Do lado, venezuelano quem liderou a resistência para impedir a entrada de opositores e militares colombiano foram os civis, das brigadas bolivarianas, uma organização cívico-miltar com treinamento, mas composta por trabalhadores comuns, operários, professores, camponeses.

A professora Rubio Godoy era uma das que estava na frente da defesa da ponte internacional Simón Bolívar. "Nós estamos aqui dispostas a defender nossa pátria com nossa vida se for preciso", afirma a brigadista. Como ela, cerca de 1.500 cidadão ocuparam a ponte. Um carro foi queimado por opositores do lado colombiano. Opositores e defensores do governo Maduro enfrentaram-se por várias horas, com pedras e uso da força física, mas sem uso de armas de fogo.

Já em Las Tienditas, palco da disputa política internacional, se encontrava Juan Guaidó, junto com o presidente colombiano, Ivan Duque e o secretário da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro. As equipes de transmissões dos grandes canais de televisão internacionais também se concentravam nesse ponto.

Do lado venezuelano, na linha fronteiriça da ponte, era possível ouvir a voz do líder opositor Juan Guaidó, que em dois momentos fez discursos inflamados convocando as pessoas a adentrarem à força o território venezuelano. Cerca de 300 pessoas, entre jornalistas e opositores estavam no local. Por volta das 16h, Guaidó anunciou que já não tentariam entrar na Venezuela nesse dia. E, pela noite, afirmou que irá a Bogotá, na segunda-feira (26/02), para participar da reunião de ministros do grupo de Lima, que reúne 13 países.

Em outro ponto do município de Ureña, poucos quilômetros distante da ponte Las Tienditas, ocorreram protestos na ponte Santander. Três caminhões carretas com ajuda humanitária foram queimados por opositores, segundo apurou a reportagem do Brasil de Fato. Alguns meios de comunicação publicaram a informação dizendo que foram incendiados por militares da Guarda Nacional Bolivariana. No entanto, fotos e relatos de testemunhas mostraram depois que foram os opositores simpatizantes de Guaidó quem realizaram a queima dos caminhões, que não puderam cruzar a fronteira.

Governo venezuelano rompe relações com a Colômbia

O governo colombiano deu apoio político e militar para o opositor Juan Guaidó, neste sábado (23/02), dia que marcou o aniversário de um mês de sua autoproclamação como presidente interino. Depois da série de eventos violentos, o governo da Venezuela informou que rompeu relações diplomáticas com a vizinha Colômbia.

"Governo da República Bolivariana da Venezuela decidiu pela ruptura integral das relações diplomáticas e consulares com o governo da República da Colômbia. Consequentemente, é concedido um período de 24 horas, a partir da publicação deste comunicado à imprensa, para que diplomatas e funcionários consulares colombianos deixem a Venezuela. Durante este período, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela oferecerá todas as facilidades para o cumprimento desta disposição pelos funcionários diplomáticos e consulares colombianos", afirmou o governo de Nicolás Maduro, através de um comunicado.

"Os governos dos EUA e da Colômbia violaram praticamente todos os princípios e propósitos da Carta da ONU, fato que constitui uma provocação inaceitável contra a República Bolivariana da Venezuela, e que coloca a paz nacional e regional em risco", destacou.

Nesse domingo (24/02), está programado um discurso do presidente da Colômbia, Ivan Duque, na cidade de Cúcuta, próximo à ponte Simón Bolívar.

Reprodução
Viralizou nas redes sociais a foto de Guaidó, Duque (Colômbia), Piñera (Chile) e Almagro (OEA) com expressões decepcionadas
Política e Economia

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FBI investiga Trump por violar lei de espionagem e recupera documentos dos EUA

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Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-12T21:40:00.000Z

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O FBI está investigando o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por violação do "Ato de Espionagem", por obstrução de justiça e por remoção ou destruição de registros, informam os documentos tornados públicos nesta sexta-feira (12/08).

Ao todo, 20 caixas de documentos, fotos e outros itens foram retirados da mansão de Mar-a-Lago na operação da última terça-feira (08/08). A informação foi divulgada pelo pelo jornal estadunidense The Wall Street Journal. Entre as páginas estavam documentos com a marcação de "TS/SCI", o mais alto nível de classificação secreta do governo norte-americano.

Foram quatro caixas de documentos "ultrassecreto", três de "secretos" e três de "confidencial". Também foi confirmado que, durante a operação, foi recuperado um material sobre o "presidente da França", Emmanuel Macron.

O Washington Post afirmou que, segundo fontes ligadas à investigação, o FBI também buscava documentos secretos sobre armas nucleares. "Especialistas em informação confidencial disseram que a busca incomum levanta grave preocupação em autoridades do governo sobre o tipo de informação que eles pensavam que poderia ser encontrada [na residência] de Trump em Mar-a-Lago e potencialmente em risco de caírem em mãos erradas", afirmou o periódico.

Palácio do Planalto/Flickr
Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

O mandado de busca e apreensão ainda autorizou a investigação no escritório de Trump na residência e em qualquer "sala de armazenamento e outras salas dentro da premissa de uso ou possível uso por [Trump] e sua equipe e em caixas ou documentos que podem ter sido armazenados, incluindo todas as estruturas ou prédios do local".

Após a divulgação das informações oficiais, Trump se manifestou por meio de sua rede social, a Truth, se defendendo das acusações.

"Número um, era tudo material desclassificado. Número dois, não tinham a necessidade de sequestrar nada. Poderiam ter obtido isso quando quisessem sem fazer política e entrar em Mar-a-Lago. Estavam em um lugar seguro, com um cadeado a mais depois que me pediram", escreveu.

Trump tenta fazer com que a operação do FBI se torne política e vem conseguindo apoio dos seus pares republicanos nisso. Já a Casa Branca se manifestou apenas uma vez sobre o caso, dizendo que o presidente Joe Biden ou qualquer membro do alto escalão não sabiam da ação.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato.

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