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Armas, livros, séries e a guerra das vacinas

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Historiadores do futuro provavelmente chamarão de 'Ano da Grande Pandemia' e vale para esta semana que pareceu maratona de série

Carlos Ferreira Martins

São Paulo (Brasil)
2020-12-13T14:47:00.000Z

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Não só historiadores se dão conta de que o tempo é elástico como uma sanfona. No pessoal e no coletivo, ele às vezes encolhe e às vezes estica, ignorando a marcação formal do calendário.

Isso vale para 2020, que historiadores do futuro provavelmente chamarão de o "Ano da Grande Pandemia" e vale, por aqui, para esta semana que pareceu maratona de série.

Depois de aumentar o imposto sobre livros porque, como esclareceu o douto ex-posto Ipiranga, “livro é coisa de elite”, o ciclo se completou com a decisão presidencial de zerar a alíquota de importação de armas.

Mais armas e menos livros, mais militares e menos cientistas ou professores, é a resposta governamental ao editorial do Estadão de 2018 sobre a “escolha muito difícil” entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.

Falando em mais armas, pouco tempo depois de sair do noticiário a lembrança do assassinato do Nego Beto por seguranças do Carrefour, as meninas Emilly e Rebeca foram abatidas, enquanto brincavam na porta de suas casas pobres em Duque de Caxias, por tiros de fuzil que suas famílias afirmam ter partido de dentro de uma viatura policial. 

A polícia, naturalmente, nega. E qualquer tentativa de vincular esse crime ao fato delas serem pobres e negras será má fé, porque, como se sabe, não há racismo neste país cordial. E vidas negras da periferia tem tanto valor como vidas brancas dos Jardins, claro.

Wikimedia Commons
'A Guerra das Vacinas', não sabemos se ela vai conseguir rivalizar com Game of Thrones, mas já matou mais gente

Mais longe, aparentemente, de nosso cotidiano, mas de impacto internacional, soubemos que o nosso mítico capitão mereceu não estar entre os 75 chefes de Estado que participarão da reunião de cúpula sobre o clima, organizada neste fim de semana pela ONU.

Enquanto isso, a ABIN, órgão de inteligência (?) do Estado, trabalhou como advogado de defesa do filho do capitão, num caso irrelevante de corrupção.

Mas o must promete ser a superprodução “A Guerra das Vacinas”. Não sabemos se ela vai conseguir rivalizar com Game of Thrones, mas já matou mais gente. E o piloto está sensacional.

Dória, o rei do Sudeste, avisou que iniciará a vacinação na data comemorativa da fundação de sua capital, sem esperar autorização do capitão que dá emprego aos generais.

O general que obedece ao capitão primeiro disse que não, depois disse que talvez e por fim confessou que não sabia.

Os regentes dos outros estados reclamaram que a gripezinha já matou 180 mil súditos e o rei do Agro Centro Oeste, Caiado I, anunciou, ao lado do general que obedece, que a vacina fabricada no reino do Sudeste pode ser confiscada pelo capitão que manda em generais e já está sentado no trono de ferro.

Logo saberemos se os roteiristas vão fechar a temporada com a cena apoteótica de metralhadoras da Polícia Federal garantindo a expropriação das vacinas do rei do Sudeste, com apoio logístico de helicópteros (pena que faltarão os dragões) e cobertura ao vivo pela imprensa mundial.

HBO e Netflix são para os fracos.

(*) Carlos Ferreira Martins ´é professor titular do IAU USP São Carlos

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Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-18T22:46:00.000Z

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A multinacional Pfizer alterou novamente seu plano de entrega das vacinas anti-covid à Itália nesta segunda-feira (18/01), o que atrasará o recebimento das novas doses. 

Hoje, a farmacêutica entregou cerca de 103 mil doses ao governo italiano das 397 mil previstas para esta semana. A expectativa é de que somente 53.820 ampolas sejam recebidas amanhã (19/01), enquanto que outras 241 mil devem chegar ao país na quarta (20/01).

A mudança foi divulgada pela Pfizer nesta tarde e um comunicado foi enviado ao gabinete de Domenico Arcuri, da comissão italiana para a pandemia, explicando que o atraso se deve ao novo plano de distribuição para os próximos dias.


Corrida da vacina: quais países já começaram a imunizar contra a covid-19?


"Mais um atraso inacreditável", lamentou o comissário extraordinário da Itália, ressaltando que as novas alterações precisarão ser debatidas durante um encontro com as autoridades regionais.

Segundo Arcuri, diversos governadores italianos já pediram sua intervenção para ajudar na distribuição das doses do imunizante. Uma das hipóteses que devem ser discutidas é o desenvolvimento de uma espécie de "mecanismo de solidariedade", no qual as regiões com mais vacinas ajudam as que têm menos.

Na semana passada, a Pfizer já havia comunicado unilateralmente que a partir desta segunda-feira entregará à Itália cerca de 29% de ampolas de vacina a menos do que o planejamento que havia sido compartilhado com as autoridades italianas. O país, porém, não é o único a sofrer com a medida da farmacêutica, que já foi duramente criticada por nações da União Europeia por não adequar a decisão aos contratos assinados.

A BNT 162b, desenvolvida em parceria com o laboratório alemão BioNTech foi a primeira vacina anti-Covid aprovada no bloco europeu e começou a ser aplicada no dia 26 de dezembro. (*Com Ansa)

Mapa do coronavírus no mundo

Como usar o mapa: Use as abas para mudar de categoria. Em "Totals", você vê os dados consolidados; em "World", os números por país; em "Plots", você vê a evolução dos números em gráficos; em Map, o mapa geral de casos; em US, o número de casos por Estado nos EUA. Caso as abas não apareçam, use a setinha para mudar.

O mapa mundial foi desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins e está disponível somente em inglês.


Veja como está a confirmação dos casos em países selecionados da América Latina (defasagem de 24 horas):

Aqui você vê animações gráficas que mostram a evolução do número de casos e de mortos ao longo do tempo. Essas animações estão sempre um dia defasadas, pois dependem da compilação de dados feita pelo Centro Europeu de Prevenção de Doenças e Controle.

Para ver a animação ao longo do tempo, clique duas vezes no botão de play que se encontra no canto inferior esquerdo.

Gráfico de casos de coronavírus no mundo

Gráfico de mortes de coronavírus no mundo

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(*) A primeira versão deste texto foi publicada em 17 de março de 2020, e está sendo atualizado constantemente nesta URL.

Saúde

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