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Arqueologia

Nova espécie de dinossauro é descoberta no Brasil

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Fóssil de 90 milhões de anos foi encontrado no Paraná; segundo pesquisadores, animal tinha cerca de 1,6 metro de comprimento e 80 centímetros de altura e era da mesma linhagem do tiranossauro

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2019-06-27T20:47:40.000Z

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Uma nova espécie de dinossauro foi descoberta no Brasil, a primeira do Paraná. Trata-se do Vespersaurus paranaensis, que viveu no período Cretáceo, há cerca de 90 milhões de anos, e é da mesma linhagem do tiranossauro e do valociraptor.

O fóssil foi encontrado no município de Cruzeiro do Oeste e estudado por paleontólogos da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), do Museu Argentino de Ciências Naturais e do Museu de Paleontologia de Cruzeiro do Oeste.

O estudo foi apresentado nesta quarta-feira (26/06) em Maringá e publicado no periódico Scientific Reports, do grupo Nature. Com 1,6 metro de comprimento, 80 centímetros de altura, cerca de 15 quilos e braços com menos da metade do tamanho das pernas, esse dinossauro carnívoro e bípede vivia em um ambiente desértico – hoje, o Paraná.

Dentre os terópodes, o Vespersaurus paranaensis pertence ao subgrupo Noasaurinae, que inclui dinossauros de pequeno porte até então conhecidos apenas na Argentina e em Madagascar, com possíveis registros também na Índia – o que indicaria que essas terras estiveram unidas durante o período Cretáceo.

O nome da nova espécie vem de "vesper", (oeste ou entardecer em latim), em referência ao nome da cidade onde foi feita a descoberta, e ganhou o "paranaensis” por ser o primeiro dinossauro do estado do Paraná.

Segundo informações do Museu de Paleontologia de Cruzeiro do Oeste citadas pela UEM, esta "é a 8ª espécie de dinossauro descrita a partir de material brasileiro que pode ser seguramente atribuída aos terópodes". O exemplar corresponde ao terópode preservado de forma mais completa do país, com quase metade do esqueleto conhecido.


Animal era carnívoro, bípede e vivia em um ambiente desértico
Animal era carnívoro, bípede e vivia em um ambiente desértico.

Um dos autores do estudo, o geólogo Paulo César Manzig, do Museu de Paleontologia de Cruzeiro do Oeste, explica que a descoberta do novo dinossauro elucida um mistério envolvendo pegadas encontradas na cidade na década de 1970. A constatação foi possível com o auxílio de tomografia e reconstituição digital.

"É incrível que, quase 50 anos depois, parece que descobrimos qual tipo de dinossauro teria produzido aquelas enigmáticas pegadas", comentou Manzig ao Jornal da USP.

O autor principal do artigo, Max Cardoso Langer, doutor em Ciências e professor vinculado à USP de Ribeirão Preto (SP), destaca que a pata traseira do animal tinha o formato de lâmina, o que facilitava a captura de presas, que poderiam incluir os lagartos e pterossauros, que também habitavam a região.

Dois dedos laterais curtos serviam como arma, enquanto o terceiro dedo, do meio e mais longo, servia de apoio. Seu peso era praticamente todo suportado por esse único dedo central, o que significa que ele era funcionalmente monodáctilo (de um único dedo), semelhante ao que ocorre com os cavalos atuais. "O dinossauro tinha um esqueleto leve, semelhante ao que as aves têm", diz Langer.

O Vespersaurus paranaensis não foi a primeira espécie da "era dos dinossauros” encontrada no noroeste do Paraná. Também em Cruzeiro do Oeste foram descobertos o lagarto Gueragama sulamericana e inúmeros indivíduos do pterossauro Caiuajara dobruskii.

Para Neurides Martins, diretora do Museu de Paleontologia da cidade, o achado deve catapultar as pesquisas paleontológicas na região. "É uma área riquíssima, mas ainda pouco explorada, que seguramente irá aportar grandes novidades ao mundo da paleontologia", disse ao Jornal da USP.

Cultura

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Política e Economia

Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação

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Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-05T21:50:00.000Z

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A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.

O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui. 

“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa. 

Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”. 

Flickr
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo

“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.

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