Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Arqueologia

Identificado na Grécia o mais antigo Homo sapiens fora da África

Encaminhar Enviar por e-mail

Cientistas dizem que crânio de 210 mil anos encontrado em caverna grega nos anos 1970 pertenceu a ser humano moderno; descoberta revela que Homo sapiens pode ter chegado à Europa 150 mil anos antes do que se previa

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2019-07-11T14:35:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Um crânio de 210 mil anos achado na Grécia foi identificado como o mais antigo Homo sapiens fora da África, o que antecipa em mais de 150 mil anos a previsão dos cientistas sobre a chegada do homem à Europa, afirmaram pesquisadores nesta quarta-feira (10/07).

A descoberta ocorre após uma equipe internacional de pesquisadores reexaminar dois crânios fossilizados que haviam sido encontrados nos anos 1970 na caverna de Apidima, no sul da Grécia. Na época, eles foram catalogados como Neandertais.

No novo estudo, publicado na revista científica Nature, os cientistas usaram reconstrução digital de última geração e um sistema de datação por urânio para reanalisar os ossos. Um dos crânios, chamado de Apidima 2, em homenagem à caverna onde o par foi encontrado, provou ter 170 mil anos de idade e pertencer, de fato, a um Neandertal.

Mas, para o choque dos cientistas, o crânio chamado de Apidima 1, 40 mil anos mais velho que Apidima 2, revelou ser de um Homo sapiens. Isso torna Apidima 1 o mais antigo ser humano moderno já descoberto no continente e, ainda, mais antigo do que qualquer outro espécime conhecido de Homo sapiens fora da África.

"Isso mostra que a primeira dispersão do Homo sapiens fora da África não só ocorreu antes do que se pensava, há mais de 200 mil anos, mas também que foi geograficamente mais longe, até a Europa", afirma Katerina Harvati, paleoantropologista da Universidade de Tübingen, no sul da Alemanha.

"É algo que não suspeitávamos antes, e que tem implicações para os movimentos populacionais desses grupos antigos", acrescenta Harvati, coautora do estudo.

picture-alliance/dpa/J. Kalaene
Crânio de 210 mil anos encontrado em caverna grega nos anos 1970 pertenceu a ser humano moderno

A descoberta, que muda a compreensão sobre como o homem moderno povoou a Eurásia, dá base à ideia de que o Homo sapiens fez várias migrações a partir da África, por vezes sem sucesso, ao longo de dezenas de milhares de anos.

O sudeste da Europa tem sido considerado um corredor de transporte principal para humanos modernos vindos da África. Mas, até agora, as primeiras evidências de Homo sapiens no continente datavam de cerca de 50 mil anos.

Eric Delson, do Lehman College, em Nova York, que não participou do estudo, afirma que a revelação foi algo surpreendente, mas que o sudeste da Europa "faz muito sentido" para uma descoberta tão antiga. Agora, a questão é saber o que aconteceu com essas pessoas, diz ele.

Mas outros cientistas não estão convencidos de que a idade e a identificação do fóssil estão corretas. Warren Sharp, um especialista em fósseis do Centro de Geocronologia de Berkeley, na Califórnia, afirma que a idade de 210 mil anos "não é bem respaldada pelos dados".

Ian Tattersall, do Museu Americano de História Natural, em Nova York, diz que a identificação do fóssil como Homo sapiens é sugestiva, mas é incompleta e carece de características que tornariam a identificação mais sólida.

Em resposta, Harvati afirma que a parte de trás do crânio é muito eficaz para diferenciar um Homo sapiens de um Neandertal e de outras espécies relacionadas, e que várias linhas de evidência respaldam a identificação.

FC/afp/ap/lusa

Sociedade

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Política e Economia

Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação

Encaminhar Enviar por e-mail

Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-05T21:50:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.

O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui. 

“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa. 

Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”. 

Flickr
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo

“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados