Pesquisadores da Universidade de Bologna, na Itália, revelaram nesta quarta-feira (11/09) que os “Amantes de Modena”, esqueletos encontrados de mãos dadas em uma comuna italiana, foram dois homens.
O estudo publicado na revista Scientific Reports afirmou que, a partir do uso de proteínas de esmaltes dos dentes, foi possível descobrir o sexo dos dois. Segundo os especialistas, os corpos foram “intencionalmente enterrados de mãos dadas”.
“Os resultados foram comparados com 14 amostras de controle moderno e arqueológico, confirmando a confiabilidade do método do cromatograma de íons para determinação do sexo. Embora atualmente não tenhamos informações sobre o relacionamento real entre os 'Amantes de Modena”, diz o texto.
Os ossos foram encontrados em Modena, uma província italiana, em 2009. Segundo os cientistas, eles viveram no local há 1.600 anos. Quando descobertas, as ossadas estavam mal preservadas, o que impossibilitou uma identificação correta dos sexos.
Com a amostra retirada do esmalte dos dentes, foi possível identificar duas proteínas: a amelogenina Y, presente somente em homens, e a amelogenina X, que pode estar presente em indivíduos do sexo masculino ou feminino.
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Esqueletos foram encontrados em 2009, na Itália, e identificados como dois homens
O estudo sugere que o enterro dos “amantes” foi uma representação de uma “expressão voluntária de compromisso entre os dois indivíduos”, ao invés de ser um ato “recorrente” do período histórico.
“Nesse sentido, os dois 'amantes' poderiam ter sido camaradas ou amigos de guerra, morreram juntos durante uma escaramuça e, portanto, enterrados no mesmo túmulo. Como alternativa, os dois indivíduos eram parentes, possivelmente primos ou irmãos, com idades semelhantes, compartilhando o mesmo túmulo devido ao vínculo familiar”, afirma o documento, que não exclui que os dois poderiam estar “realmente apaixonados”.