Após ser confirmada a captura de nove pessoas que estariam envolvidas no assassinato do advogado Rodrigo Rosenberg, o presidente da Guatemala, Álvaro Colom, retomou um discurso de confronto ao crime e ameaçou dar início a processos por sedição – crime que enquadra revoltas, motins e perturbações da ordem pública – contra aqueles que tentaram derrubá-lo do poder em maio.
Colom, que estava na cidade de Cuilapa, estado de Santa Rosa, disse que deu instruções para iniciar o processo quando terminassem as investigações, segundo informou o diário La Prensa.
Ele assegurou que vai esperar as conclusões da CICIG (Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala) e do Ministério Público, no intuito de encontrar os autores intelectuais do assassinato.
Em um vídeo, Rosenberg acusou Colom, sua esposa, seus funcionários e os financiadores da campanha presidencial de sua morte, o que gerou protestos.
“Dei instruções a todas as agências da lei do executivo para que, imediatamente após apurada a investigação, o Estado demande a sedição dos envolvidos na organização, direção…e aqueles que passaram por sua mão, como os juízes e os que organizaram as manifestações”.
O crime de sedição é punível nos termos do Código Penal e acarreta uma pena de um a cinco anos de prisão e multa.
Roxana Baldetti, secretária-geral do Partido Patriótico (de oposição), lamentou as declarações de Colom e pediu para que assuma o seu papel como representante da unidade nacional e evite discursos de confronto.
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