Já são mais de 5,5 mil os assassinatos esse ano em decorrência do narcotráfico no México, segundo dados divulgados pela Procuradoria Geral da República e a Secretaria de Defesa Nacional mexicanas hoje (11).
Calcula-se que número de pessoas mortas pelo narcotráfico durante os quase quatro anos de governo de Felipe Calderón já ultrapasse a casa dos 15 mil. Durante o mandato do ex-presidente , Vicente Fox, de seis anos, morreram cerca de 13 mil pessoas.
Segundo analistas o aumento no número de mortes de deve principalmente ao aumento nas lutas entre os cartéis de drogas por territórios e mercados.
Relatórios governamentais advertem que só em outubro já morreram cerca de 302 pessoas em decorrência da briga de cartéis da região, principalmente em localidades como Chihuahua, Sinaloa, Guerrero e Michoacán.
No mês passado o número de assassinatos contabilizado foi de 710, a maior marca atingida desde que Calderón assumiu a presidência.
Em 2009, Chihuahua lidera a lista dos estados mais violentos, seguido por Durango, Sinaloa, Guerrero e Michoacán.
Jesus Espinoza/EFE (09/10/2009)
Vítima encontrada pela polícia no estado de Guerrero
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Desde sua eleição, em 2006, o presidente Felipe Calderón fez da guerra contra os cartéis de droga uma cruzada pessoal. Alguns dias após sua posse, ele anunciou a mobilização de mais 45 mil membros das forças de segurança no país, começando com Michoacán, seu estado natal.
A estratégia deu uma nova legitimidade ao presidente. Sua ação contra o narcotráfico tem o respaldo da maioria da população. Um informe do instituto de pesquisa Consulta Mitofsky, publicado em dia 17 de junho a pedido da ONG México Unido Contra a Delinqüência, revela que 80% das pessoas apóiam as operações militares, enquanto 48% achavam estas operações bem sucedidas.
Mas esta política não consegue apaziguar os temores em relação à violência. O mesmo informe mostra que 73% dos pesquisados consideram que a segurança não melhorou, ou até piorou durante o último ano. A mesma proporção dizia ter medo de ser sequestrada.
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