A tensão entre Angola e a República Democrática do Congo, iniciada na segunda-feira passada, quando o governo congolês decidiu expulsar todos os cidadãos angolanos do país, em um movimento de reciprocidade, diminuiu após o presidente congolês, Joseph Kabila, ordenar o fim das expulsões, segundo informou a agência Lusa, citando a Rádio Nacional de Angola. Mais de 20 mil angolanos foram obrigados a sair do país vizinho, em retaliação à expulsão de dezenas de milhares de congoleses nos últimos meses.
“Congo e Angola aceitaram suspender as expulsões de ambos os lados”, afirmou à BBC o ministro da Informação congolês, Lambert Mende.
O fim da crise se deu após uma reunião com uma delegação enviada pelo presidente angolano, José Eduardo dos Santos, encabeçada pelo vice-ministro das Relações Exteriores, George Chicoty. O diário congolês Le Potentiel cita Chicoty após a reunião afirmando que Angola também irá cessar a expulsão de congoleses do seu território.
A crise entre as duas nações tem origem em deportações forçadas iniciadas por Angola em 2004, um processo que foi acelerado no início deste ano, não só nas províncias diamantíferas (principalmente as de Lundas, Bié, Huambo), como nos centros urbanos. Alguns dos congoleses, de acordo com o governo angolano, podem estar envolvidos em redes de tráfico de pedras preciosas.
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