Na primeira visita de um chefe de Estado equatoriano a Rússia, o presidente Rafael Correa busca incrementar o comércio bilateral entre os dois países, hoje restrito a produtos de baixo valor agregado, como bananas e flores. O interesse principal está em acordos energéticos e de defesa, que deverão ser firmados hoje por Correa e o presidente russo, Dimitri Medvedev, como anteciparam as chancelarias equatoriana e russa.
Equador e Rússia são produtores de petróleo: o país sul-americano produz 500 mil barris ao dia, enquanto os russos, os maiores exploradores, mais de 1 bilhão. O Kremlin já manifestou o desejo de aumentar a participação no mercado de exploração de petróleo do Equador, que por sua vez, tem interesse em projetos conjuntos também no campo da energia elétrica.
Yuri Kochetkov/EFE
Correa passa as tropas em revista em Moscou
As autoridades equatorianas esperam financiamento russo para o projeto hidrelétrico de Toachi-Pilatón que, com um custo estimado de 458 milhões de dólares, geraria cerca de 228 megawatts de potência. A esperança é que Moscou invista 130 milhões de dólares para o equipamento eletromecânico da planta hidrelétrica, constituída por duas centrais.
De acordo com o ministro das Finanças russo, Alexei Kudrin, Correa também solicitou um empréstimo. Kudrin declinou em especificar o valor da quantia. O Equador já assinou com a China um acordo de um bilhão de dólares por petróleo.
No campo da defesa, será assinada a confirmação da compra de dois helicópteros de transporte, um investimento de 22 milhões de dólares, anunciado na quarta-feira pelo ministro da Defesa equatoriano, Javier Ponce. A negociação foi feita há um ano e hoje será firmada.
Depois do Brasil e da Argentina, o Equador é o terceiro maior parceiro comercial da Rússia na América Latina. Em 2008, a movimentação comercial atingiu 935,7 milhões de dólares, uma máxima história. O principal produto é a banana: ano passado, 900 mil toneladas da fruta foram exportadas, a um valor de 600 milhões de dólares.
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