EFE
O corpo sem vida de Raed al-Sarkaji é carregado em Nablus, na Cisjordânia
O Exército israelense matou seis palestinos nas últimas horas em operações nos territórios ocupados. Três deles pertenciam às Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, ligada ao Fatah, na Cisjordânia. No norte Faixa de Gaza, três civis perderam a vida quando foram atacados pela Força Aérea israelense.
Os três milicianos mortos foram identificados como: Raed al-Sarkaji, de 38 anos; Ghassan Abu Sharej, de 40, e Anan Soboh, de 36. De acordo com o jornal Haaretz, os homens foram apontados como responsáveis pelo tiroteio realizado ontem em um assentamento e que matou Rabbi Meir Hai.
As Brigadas reivindicaram a autoria do ataque.
Ghassan Hamedan, médico responsável pelo hospital de Nablus, na Cisjordânia, informou à imprensa que os soldados israelenses invadiram a casa de Sarkaji e o mataram na presença da mulher, que ficou ferida. Já Sharej foi ferido pelos soldados depois de ter sido detido, enquanto Soboh perdeu a vida em um tiroteio com os soldados israelenses.
AFP
Familiares de palestino morto protestam contra a investida de Israel no território ocupado da Cisjordânia
Gaza
Testemunhas contaram que pelo menos quatro pessoas tentavam entrar em Israel pela passagem fronteiriça de Erez, localizada no extremo norte da faixa palestina. Soldados israelenses teriam descoberto a tentativa e atiraram contra o grupo.
Um porta-voz do Exército confirmou o fato à Agência Efe e disse que militares atiraram várias vezes contra os palestinos que tentavam entrar em Israel para cometer “atos terroristas”. Além dos três palestinos que morreram no ataque aéreo, um quarto ficou ferido, embora se desconheça a gravidade de seu estado, segundo as testemunhas.
Beduínos que vivem no norte de Gaza ainda tentaram recolher os corpos dos palestinos em charretes, mas foram dissuadidos por tiros de soldados israelenses.
ANP
Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, condenou a morte de seis palestinos e acusou Israel de querer retornar ao círculo da violência com o intuito de sabotar o processo de paz.
Abu Rudeina afirmou que as mortes “mostram que o governo da ocupação decidiu destruir a segurança e estabilidade do povo palestino”.
“Israel quer levar nosso povo ao círculo sangrento da violência para evitar as crescentes pressões internacionais sobre seu governo, que é responsável por bloquear o horizonte do processo de paz”, afirmou Abu Rudeina, citado pela agência palestina Wafa.
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