Frente a pior tragédia humanitária que enfrentou América Latina durante as ultimas décadas, os paises da região se mobilizam para enviar alimentos, água potável, remédios e médicos como ajuda às vítimas do terremoto no Haiti.
O Brasil, que comanda a parte militar da Força de Estabilização do Haiti da Organização de Naçoes Unidas (Minustah), vai doar 15 milhões de dólares (26,5 milhões de reais). O governo brasileiro também enviou 14 toneladas de alimentos (açúcar cristal, embutidos, sardinha e água), transportadas em oito aviões.
As doações fazem parte dos estoques adquiridos pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e ficam no Armazém de Ajuda Humanitária Internacional, inaugurado recentemente no aeroporto Antonio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro.
A Argentina enviou ontem (15) um segundo avião militar com uma unidade purificadora de água, seis banheiros químicos, remédios e alimentos.
Hospital militar
Neste novo avião, um Hércules das Forças Armadas do país sul-americano, viajam também médicos, especialistas em catástrofes, quatro militares uruguaios com cachorros farejadores.
O material médico está destinado ao Hospital Militar Argentino, que funciona em Porto Príncipe. “É uma das únicas instalações médicas que não foram destruídas”, confirma, desde Buenos Aires, o economista argentino Federico Villalpando, que acaba de voltar de uma missão de dois anos no Haiti.
A Colômbia enviou um hospital militar provisório, com sete médicos, assim como 600 quilos de material, entre remédios e alimentos. Viajaram também 20 policiais, cada com um cão farejador.
O Chile também quis contribuir no resgate de vítimas mandando um avião com 23 policias, 4 cães, e 44 especialistas, além de 6,5 toneladas de remédios.
O ministro de relações exteriores cubano Bruno Rodríguez Parrilla anunciou que antes da tragédia, 400 voluntários cubanos já estavam no país entre os quais 344 do setor sanitário. Rodríguez acrescentou que o governo ia mandar mais remédios.
A Venezuela enviou 50 pessoas entre as quais 19 médicos, 10 bombeiros e 16 funcionários da proteção civil assim como paramédicos e engenheiros. O presidente Hugo Chávez também ordenou o transporte de alimentos, água potável e remédios.
Ajuda logística
O governo da Nicarágua enviará hoje três toneladas de alimentos (arroz, feijões e óleo) para os afetados pelo terremoto que castigou o Haiti, informaram fontes oficiais. Há dois dias, Manágua já tinha enviado um contingente composto por um grupo de busca, salvamento e resgate do Exército nicaraguense para Porto Príncipe.
A ajuda logística da República Dominicana vizinha é crucial. Os aeroportos dominicanos se transformaram na principal porta de entrada para a recepção da ajuda humanitária internacional. Grande parte dos voos aterrissa no aeroporto de Santo Domingo.
“Na manhã de hoje recebemos e autorizamos voar para o Haiti inúmeros aviões da Espanha, Peru, Venezuela, EUA e Rússia, entre outros, todos com ajuda humanitária e equipes de socorro”, afirmou hoje à agência Efe o porta-voz do Instituto Dominicano de Aviação Civil, Pedro Jiménez.
O funcionário afirmou que pelo menos 30 aeronaves partiram hoje com destino à capital haitiana, incluindo oito voos dominicanos. Por outro lado, o governo da República Dominicana disponibilizou hoje 11,4 milhões de dólares para ajudar o Haiti nos trabalhos humanitários e de reconstrução.
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