A economia do Reino Unido cresceu 0,1% no quarto trimestre de 2009, em comparação com o terceiro trimestre do mesmo ano, e saiu de uma recessão que havia começado no segundo trimestre de 2008, de acordo com o Escritório de Estatísticas Nacionais. Em relação ao quarto trimestre de 2008, o PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido caiu 3,2%.
Das grandes economias do mundo, a do Reino Unido é uma das últimas a sair da recessão, já que as da Alemanha e da França já fizeram o mesmo no ano passado.
O Banco da Inglaterra alertou, porém, que a recuperação provavelmente será lenta e frágil, dados os contínuos obstáculos no sistema bancário e a necessidade de reduzir os altos níveis de dívida do setor público e das famílias. Hoje, o premeiro-ministro Gordon Brown afirmou que seu governo não vai começar a cortar os gastos públicos neste ano, argumentando que os esforços para isso colocariam em risco a recuperação.
Em janeiro, economistas consultados pelo Tesouro do Reino Unido previam que a economia cresceria 1,4% neste ano, depois de ter registrado contração de 4,7% em 2009. Em dezembro, o Tesouro havia previsto que a economia crescerá 1,5% neste ano e entre 3% e 3,5% em 2011.
Embora a mais severa recessão desde a Segunda Guerra Mundial possa ter acabado, seu impacto vai durar algum tempo. A taxa de desemprego deverá continuar aumentando nos próximos meses, assim como as falências de empresas.
Além disso, a dívida do governo britânico deverá crescer nos próximos anos – o Tesouro prevê um aumento para pouco abaixo de 77% do PIB no ano fiscal que termina em 2014, em comparação com 40% do PIB antes do começo da recessão.
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