A economia chinesa vai mudar e o crescimento dependerá mais do mercado interno, especialmente do consumo, disse Li Keqiang, um dos vice-primeiros-ministros da China, em discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça.
“Faremos todo esforço para aumentar o emprego, aperfeiçoar a rede social de segurança, ajustar a distribuição de renda, elevar os ganhos dos grupos de renda baixa e média e para assegurar um continuado aumento dos gastos de consumo”, afirmou.
Li Keqiang ressaltou o desejo chinês de incentivar a abertura dos mercados, tanto bilateralmente quanto multilateralmente. “Essa é a única forma que temos para continuar combatendo a crise.”
A crise internacional precipitou o início da mudança, de acordo com os números apresentados por Li Keqiang. No ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 8,7%. A demanda interna contribuiu com 12,6 pontos porcentuais, mais que compensando a perda de 3,9 pontos causada pela contração das exportações. O aumento da demanda interna foi formado por 8 pontos de investimento e 6 pontos de consumo.
As importações de bens totalizaram 1,005 trilhão de dólares e o superávit comercial diminuiu 100 bilhões de dólares em relação ao de 2008. Com aumento de 380 bilhões (para cerca de 4,4 trilhões de PIB), “a contribuição da China para a recuperação econômica mundial é óbvia”, disse o ministro.
Além dessa contribuição, ele procurou mostrar o esforço de reestruturação da economia chinesa, a ampliação dos serviços sociais, com ênfase na assistência médica, e o compromisso chinês com a preservação ambiental. Mencionou o desenvolvimento de tecnologias poupadoras de energia e também o fechamento gradual de instalações industriais poluentes.
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