O assessor para assuntos internacionais da presidência, Marco Aurélio Garcia, declarou apoio à demanda argentina pela soberania das ilhas Malvinas. Garcia disse ainda que na Cúpula da América Latina e Caribe, que terá início hoje (22) em Cancún, no México,”o Brasil manterá a posição histórica de solidariedade com a Argentina”.
As declarações vêm em um novo momento de tensão entre o país sul-americano e o Reino Unido, que decidiu explorar petróleo nas Ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos).
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“Seguramente os países sairão daqui com uma posição de apoio firme às Malvinas, embora não saiba em que termos”, comentou Garcia, segundo a Agência Estado. Segundo ele, “esta é uma questão de alta sensibilidade para toda a região” e, “diferentemente do passado, hoje há uma posição consensual na América Latina de apoio às reivindicações da Argentina no que diz respeito a soberania das Malvinas”.
Ele lembrou que, quando houve a Guerra das Malvinas (1982), “a situação era diferente”. Naquela época, observou, houve países que apoiaram os ingleses, além do fato de que a Argentina “vivia um regime cruel, militar e tudo isso poderia tornar mais turva a situação”. Mas, mesmo naquele momento e naquelas circunstância, salientou, a posição da diplomacia brasileira foi de apoio à Argentina.
Cúpula
Os líderes reunidos em Cancún para a cúpula da unidade dos países latino-americanos vão apoiar “a soberania argentina” das Ilhas Malvinas e condenar a iniciativa da Grã-Bretanha de explorar petróleo na costa das ilhas. No comunicado negociado pelos ministros das Relações Exteriores dos 32 países, haverá um repúdio à exploração de petróleo pelos britânicos na costa das Malvinas.
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“Os chefes de Estado da América Latina reafirmam seu respaldo aos legítimos direitos da República Argentina em sua disputa de soberania (nas Ilhas Malvinas) com a Grã-Bretanha”, diz o documento negociado, que deve ser divulgado amanhã (23), após as plenárias dos presidentes. Os países latino-americanos dizem que as nações devem evitar “ações unilaterais”, como a prospecção de petróleo empreendida pela Grã-Bretanha na costa das Malvinas.
A presidente Cristina Kirchner, que chegou sábado (20) a Cancún, solicitou ajuda aos países latino-americanos para pressionar a Grã-Bretanha a sentar e discutir a soberania das Ilhas Malvinas. Seu apelo coincidirá com o início dos trabalhos de perfuração da plataforma petrolífera na área marítima ao norte do arquipélago.
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