O governo do Sudão e o maior grupo rebelde de Darfur, o Movimento de Justiça e Igualdade, formalizaram a trégua ontem (23) em Doha, capital do Catar, com o objetivo de acabar com o conflito que já dura sete anos.
O presidente do Sudão, Omar Hassan Ahmed El-Bashir, e o líder do grupo rebelde, Khalil Ibrahim, assinaram o acordo na presença do emir do Catar, Hamad Bin Khalifa Al-Thani, do presidente do Chade, Idriss Deby, e do presidente da Eritréia, Issias Afwerki.
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Efe
O presidente do Sudão, Omar El-Bashir, cumprimenta o líder do grupo rebelde MJI, Khalil Ibrahim
Ao assinar, Bashir, citado pela agência QNA do Qatar, sublinhou que o acordo “é um passo importante para acabar com a guerra e o conflito em Darfur” e mostrou esperança em que se chegará a um pacto de paz definitivo em um breve espaço de tempo. O emir do Catar afirmou na cerimônia que a assinatura da trégua é um passo importante para a concretização da paz na região.
As Nações Unidas crêem que existam 4,7 milhões de pessoas dependendentes de ajuda humanitária para sobreviver em Darfur, onde o conflito entre as forças governamentais e as milícias começou em 2003 e já causou a morte a 300 mil pessoas.
Contexto
Os representantes do governo sudanês começaram as negociações com os grupos rebeldes de Darfur em janeiro. No entanto, os grupos rebeldes anti-governo não tinham chegado a um consenso a respeito de uma postura unificada e a ordem de detenção emitida em março de 2009 pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Bashir por crimes de guerra e lesa-humanidade provocou a suspensão das conversas.
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Os diferentes grupos rebeldes de Darfur negociam um acordo de paz desde 23 de agosto de 2004, para pôr fim ao conflito armado iniciado em fevereiro de 2003 em protesto pela pobreza e a marginalização dos habitantes da região.
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