O governo boliviano, que havia proibido a exportação de açúcar no dia 19 de fevereiro, estendeu hoje (24) a medida para o milho e o sorgo, dois cereais fundamentais na dieta boliviana. De acordo com as autoridades, os motivos para a emissão do decreto – excepcional e temporal – são os mesmos do açúcar: a alta especulação dos preços no mercado interno e o contrabando.
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“As Forças Armadas, a polícia e os organismos de controle alfandegários farão o decreto ser cumprido e vigiarão veículos com carregamento contrabandeado. O contrabando incentiva a alta de preços para o consumidor interno”, ressaltou hoje a ministra do Desenvolvimento Rural, Nemesia Achacollo, segundo a ABI (Agência Boliviana de Informação).
Nemesia afirmou que o governo, por meio dos ministérios, orientará as prefeituras e os organismos que comercializam e transportam o milho e o sorgo a praticar preços justos, e que os agiotas e especuladores serão sancionados caso infrinjam o decreto.
Frango
Com a medida de hoje, as autoridades bolivianas esperam diminuir a oscilação dos preços de outro produto, o frango, que atualmente é comercializado no mercado interno a valores maiores do que o máximo, que é de 12 bolivianos o quilo. Em mercados de Santa Cruz e Cochabamba é possível encontrar o quilo sendo vendido a 16 e 13,5 bolivianos respectivamente, de acordo com o jornal boliviano El Deber.
A Associação Nacional de Avicultores responsabiliza o alto custo do milho e do sorgo, usados como ração, pelo aumento do quilo do frango. Cerca de 130 milhões de unidades de frango são consumidas por ano na Bolívia.
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