O governo chileno decretou toque de recolher nas regiões do Maule e Bio-Bio, as mais afetadas pelo terremoto que no sábado causou pelo menos 708 mortos e deixou 2 milhões de desabrigados, informaram hoje (1) fontes oficiais.
A proibição de circular pelas vias públicas se estenderá entre as 21h e às 6h, disse à imprensa local o general Bosco Pesce, designado como chefe da região no estado de catástrofe decretado de Maule, cidade que fica a 300 quilômetros ao sul de Santiago. Em Bio-Bio, a 500 quilômetros da capital, o cargo será exercido pelo oficial de mesmo grau Guillermo Ramírez.
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A declaração do estado de catástrofe em ambas as regiões foi anunciada pela presidente Michelle Bachelet ao divulgar o plano do governo para normalizar o país após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter que devastou parte do território na madrugada de sábado.
Pela Constituição chilena, a medida permite ao presidente restringir a circulação de pessoas, o transporte de mercadorias e a liberdade de trabalho, de informação, de opinião e de reunião. Além disso, poderá requisitar bens e estabelecer limitações ao exercício do direito da propriedade, além ditar medidas administrativas extraordinárias que julgue necessária.
Saques
Na cidade de Concepción, capital de Bio-Bio, ocorreu hoje enfrentamentos entre a Polícia e centenas de habitantes que saquearam um supermercado, desesperados pela falta de água e mantimentos, já que os comércios continuavam fechados.
A prefeita de Concepción, Jacqueline van Rysselberghe, havia pedido horas antes a presença de tropas para restabelecer a ordem, após denunciar situação “de caos”.
Bachelet anunciou a entrega gratuita de produtos de primeira necessidade nas regiões de Maule, Bio-Bio e Araucania, depois de um acordo com a associação de supermercados.
O plano, que contém outras medidas, estará a cargo dos ministros do Interior, Edmundo Pérez Yoma, e de Defesa, Francisco Vidal, coordenados com o de Fazenda, Andrés Velasco.
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