A China afirmou hoje (2) que ainda existem possibilidades para os esforços diplomáticos na questão nuclear iraniana, 24 horas depois da Rússia ter manifestado disposição de examinar novas sanções contra Teerã
“Acreditamos que continuam existindo possibilidades para os esforços diplomáticos e as partes envolvidas deveriam aumentar os esforços”, disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Qin Gang, segundo a agência estatal Xinhua.
Leia também:
China enfrenta escassez de mão-de-obra
Em viagem ao Golfo, Hillary busca ajuda da Arábia Saudita para pressionar Irã
China suspende intercâmbios militares com os EUA após venda de armas para Taiwan
A China, que tem direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas e mantém vínculos econômicos estreitos com o Irã, não para de repetir a defesa do prosseguimento do diálogo, apesar de ter votado a favor das três resoluções precedentes da ONU contra o Irã, em 2006, 2007 e 2008.
No momento, Pequim é o único dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança decididamente contrário a novas medidas contra Teerã, depois que Moscou mudou de posição. O presidente russo Dmitri Medvedev afirmou ontem que seu país estava disposto a pensar na aplicação de sanções.
Os países ocidentais suspeitam que o Irã deseja produzir armamento atômico sob a fachada de um programa nuclear civil, o que Teerã nega.
Rússia
O presidente russo disse ontem que Moscou poderá aceitar o que chamou de “sanções inteligentes” contra o programa nuclear iraniano.
A Rússia quer evitar medidas coercitivas contra o Irã, afirmou o líder do Kremlin, mas não está disposta a “esperar para sempre” uma resposta de Teerã. “Estamos otimistas, não perdemos a esperança de que o sucesso (das negociações) pode ser alcançado. Contudo, se isso não funcionar, a Rússia está disposta a considerar, juntamente com nossos parceiros, a introdução de novas sanções”, afirmou Medvedev, conforme noticiou a Xinhua.
O presidente russo está em uma viagem oficial de três dias à França. Ao lado dos EUA, Sarkozy tem sido um dos principais defensores de medidas mais duras contra as ambições nucleares iranianas.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL